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Sonhando com vaga nas Paralimpíadas, judoca camapuanense busca patrocínio

on qua, 05/04/2017 - 13:46
quarta-feira, 5 Abril, 2017 - 13:30

Foto: Reprodução / Bruno Miani

 

Luan Pimentel tem 19 anos e é natural de Camapuã, cidade 137 km distante de Campo Grande. O judoca paralímpico conquistou neste mês duas medalhas de ouro na categoria até 73 kg, quando disputou Grand Prix e o Parapan de Jovens em São Paulo.

 

Convocado para treinar com a seleção brasileira, o sonho de disputar as Paralimpíadas de 2020 em Tóquio está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Mais do que os adversários pelo caminho, um dos principais desafios para chegar até a principal competição esportiva do mundo é a falta de apoio.

 

O paratleta começou a lutar no jiu-jitsu aos 14 anos de idade e entrou para o judô no ano seguinte. Luan possui albinismo, disturbío genético que afeta total ou parcialmente a síntese da melanina nos melanócitos, atingindo a pigmentação da pele, cabelos e olhos. Decorrente disso, ele nasceu com baixa visão.

 

"Depois que comecei no esporte, meu professor falou com a professora que dava aula de judô para deficientes visuais e comecei a treinar com ela. Dois meses depois fui competir nas Olimpíadas Escolares, e venci os dois anos que participei”, conta.

Durante um ano e meio, o judoca viajava três vezes por semana para Campo Grande onde realizava os treinos, até que em 2015 se mudou para a Capital. A rotina diária inclui preparação física e jiu-jitsu no período da tarde e judô à noite, sempre três vezes ao dia.

 

Foi no final do ano passado que surgiu a primeira convocação para a seleção brasileira de jovens. "Já treinava e tinha as duas Olimpíadas escolares, que é a competição de base. Em dezembro de 2016 fui chamado para as etapas de treinamentos, uma aconteceu no mesmo mês e a outra em fevereiro”, lembra.

 

Após a disputa do Parapan no dia 15 deste mês, veio o convite para treinar com a seleção principal. Aliado aos bons resultados obtidos nos tatames, a esperança de participar das Paralimpíadas em Tóquio aumenta cada vez mais. As competições que somam pontos para o credenciamento começam a ser disputadas em 2018.

 

“Estou treinando bastante, vou me empenhar muito. Agora tenho uma chance real, fui bem nas competições internacionais. Existe a possibilidade da transição da seleção de jovens para a adulta. Espero a minha chance, estou bem animado de poder participar das Paralimpíadas em 2020”, comemorou.

 

Mais do que os adversários na luta, a falta de patrocínio é um dos principais desafios entre Luan e o sonho paralímpico. "Até hoje não tenho nenhum patrocínio, mas algumas empresas me ajudam, como o Judô Clube Rocha, Gracie Barra, ISMAC e Akademia do Corpo. Ajudaria bastante ter o apoio porque tenho um custo grande com suplementação, transporte, preparador físico, nutricionista. Dependendo da competição, a federação paga a viagem, mas não é sempre”, finalizou.

 

Quem puder e tiver interesse em apoiar Luan no caminho para a Paralimpíada pode entrar em contato com o judoca pelo telefone (67) 99872-2403.


Fonte: Campograndenews