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Tamanduá-bandeira albino é descoberto em fazenda de MS

on ter, 20/12/2022 - 15:41
terça-feira, 20 Dezembro, 2022 - 15:30

Estudo - Bióloga e pesquisadora do ICAS, Nina Attias explica que além das características genéticas, o estudo irá avaliar como o fato de ser albino influencia o comportamento e a saúde do animal.

Alvin passeando pela fazenda (Foto: Luciano Candisani)

Segundo a pesquisadora, os tamanduás são naturalmente sensíveis a temperaturas extremas e precisam de áreas com vegetação mais densa para se abrigar de frio ou calor extremo. Isso pode ser um desafio ainda maior para um tamanduá albino vivendo no Cerrado - bioma que mais sofre com o desmatamento, diminuindo drasticamente o habitat da fauna silvestre.

Além de monitorar o comportamento do Alvin quando sair das costas da mãe e de como será a sua adaptação neste ambiente, o estudo quer descobrir se o tamanduá-bandeira ou sua mãe podem ter alguma relação genética de parentesco com o juvenil encontrado em 2021 e tentar entender como um evento tão raro pode ter acontecido duas vezes no mesmo lugar em um período tão curto.

Com pelagem clara e olhos avermelhados, Alvin é alvo de estudos  (Foto: Luciano Candisani)

Pelagem marrom - Os tamanduás-bandeira normalmente possuem uma pelagem marrom-acinzentada com uma grande faixa preta nas costas. Essa coloração é de extrema importância para a sua sobrevivência, pois ajudam na camuflagem contra possíveis predadores, e também ajudam a filtrar os raios solares, proporcionando um conforto térmico e protegendo esses animais do sol e calor típicos do Cerrado.

"O ICAS tem um trabalho de longo prazo com essa espécie, já monitoramos mais de 70 tamanduás com rádio colares, aparelho que nos permite conhecer a localização geográfica do animal. É muito importante para entender como os animais se movimentam e usam a paisagem. Vai ser muito interessante saber como esse tamanduá albino vai se adaptar à realidade dele, com essa coloração. O albinismo torna o animal muito mais sensível à luz", destacou o biólogo Arnaud Desbiez, do projeto Bandeiras e Rodovias (ICAS).


Fonte: Campo Grande News