Skip directly to content

Testemunha diz ter visto homem pular do helicóptero antes da explosão

on ter, 12/02/2019 - 13:46
terça-feira, 12 Fevereiro, 2019 - 13:45

A vendedora Leiliane Rafael da Silva, de 28 anos, que passava pela Anhanguera no momento da queda do helicóptero Foto: Sérgio Roxo

A vendedora Leiliane Rafael da Silva, de 28 anos, que passava pela Rodovia Anhanguera no momento da queda do helicóptero que matou o jornalista Ricardo Boechat, contou, em depoimento, ter visto um homem pular da aeronave antes da colisão com o caminhão. Com base em informações obtidas com o Instituto Médico Legal (IML) sobre a localização dos corpos, o delegado Luis Roberto Hellmester acredita a pessoa que pulou da aeronave era Boechat.

Leiliane estava na garupa da moto do marido quando viu o helicóptero voando muito baixo.

— Eu falei para o meu marido: eu acho que ele vai pousar na pista. Quando eu olhei para trás, eu vi uma pessoa pulando. Depois que a pessoa pulou, o helicóptero se chocou com uma carreta que vinha saindo do rodoanel e explociu.

O delegado disse que o IML informou que a pessoa que estava nas ferragens do helicóptero era o piloto Ronaldo Quatrucci e, do lado de fora, Boechat.

— Também acredito que o piloto estava no comando e não deixaria o helicóptero — afirmou.

Além de ter testemunhado o acidente, Leiliane também foi fundamental para o resgate do motorista do caminhão atingido pelo helicóptero, João Adroaldo Tomanckeves, de 52 anos.

Logo depois de ver o acidente, ela desceu da moto e correu em direção ao veículo.

— Não pensei em nada. Falei para parar a moto e voltei correndo.Fui checar no caminhão para ver se tinha alguém vivo. O moço estava vivo, felizmente.

A vendedora pediu uma faca para um grupo de trabalhadores que estava limpando o mato do canteiro da estrada para cortar o cinto de segurança.

— A gente tirou ele para fora pelo vidro porque a porta estava emperrada e não saia.

Leiliane vive em Pirituba, na Zona Norte de São Paulo, e tem três filhos: uma menina de 8 anos, um menino de 3 anos e um bebê de quatro meses. Prestes a passar por uma cirurgia, Leiliane tinha sido orientada a não passar por situações de estresse.

— No momento, eu queria ajudar e não pensei em mais nada.


Fonte: Jornal Extra