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Camapuã: TV Record faz reportagem sobre briga de menores, confira!
quinta-feira, 27 Fevereiro, 2014 - 07:15
Confira a reportagem realizada pela equipe da TV MS Record, sobre a briga entre menores em Camapuã, que resultou em cum corte no rosto de uma e a apreensão da agressora.
Mais uma vez as cenas de violência se repetem na porta das escolas. Dessa vez a história aconteceu no interior do Estado, na cidade de Camapuã. Com a adolescente que sofreu a agressão, conversou com exclusividade com o MS Record. Ela conta como pretende reconstruir a vida depois de ter o rosto retalhado.
A adolescente agredida tem 16 anos. O corte no lado esquerdo do rosto é extenso e profundo - tanto que chegou a separar o lábio superior da boca. Por muito pouco não perfurou também o olho da estudante, que decidiu falar com a nossa equipe com exclusividade. Ela conta que só percebeu a gravidade do corte, quando chegou ao hospital.
“Quando a acabou a briga eu vi o sangue descendo mais ainda achei que fosse do nariz. Uma moça de buffet me socorreu e quando olhei no retrovisor do carro, eu vi meu rosto, e só vi a boca cortada e toda ensanguentada”, relata a vítima.
A imagem da briga entre as adolescentes é chocante. A confusão foi na saída da escola, perto do meio dia. A menina que foi atingida com o estilete feito em casa, teve o rosto lavado de sangue.
Ela conta que não conhecia a agressora e que as ameaças começaram um dia antes.
“Eu conhecia ela só de vista, e que ela morava na Vila Industrial, nunca tive contato”, diz a vítima.
A briga que ganhou repercussão na internet por meio das redes sociais, aconteceu em Mato Grosso do Sul, na cidade de Camapuã, com 16 mil habitantes.
A menor agressora - também com 16 anos - teve a apreensão decretada e ficou cinco dias nesta delegacia da cidade, até conseguir a sua transferência para uma unidade de internação em Campo Grande.
O Ministério Público segue a frente do caso e tem agora um prazo de 45 dias para finalizar o auto de apreensão pelo ato infracional. Depois disso caberá a Justiça decidir se da jovem continuará internada, ou terá a sua liberdade para cumprir medidas sócio educativas.
“A partir do momento em que o procedimento está instaurado, estando o menor apreendido há um prazo de 45 dias para seu encerramento, após esse prazo e tramitação regular desse processo, sobrevém a decisão de qual a melhor medida”, diz o promotor de Justiça, da Infância e Juventude Douglas Teixeira.
A cicatriz no rosto da adolescente segue bem. Já tiraram os pontos, mas o medo de sair pela cidade e voltar a estudar continuam.
“Uma pessoa que faz isso pode tudo, que muitas vezes pode sair mais revoltada e tentar fazer outra coisa. Porque eu estava dentro do hospital e ela continuou ameaçando dizendo que não tinha terminado o serviço dela, é complicado a gente fica com medo”, diz a vítima.
Para a mãe da menina fica a revolta, de todos terem assistido a cena e ninguém ter feito nada para socorrer sua filha.
“Se aquela menina descesse aquele estilete e passasse no pescoço da minha filha, ela ia morrer ali, na calçada porque ninguém socorreu, porque a diversão deles era filmar, tinha adultos ali e a todo momento ela estava com a face cortada, a minha dor é que ninguém socorreu ela”, finaliza a mãe da vítima.
(TV MS Record - Com colaboração Willian Franco)