PUBLICIDADE
Xodó de Felipão nos anos 90 é o novo técnico do Operário
domingo, 11 Novembro, 2018 - 21:30
Arílson mantém a dinastia gaúcha no comando do Galo para 2019 - Foto: Lucas Figueiredo/CBF
O Operário já tem treinador para 2019: Arilson, ex-meia de Grêmio, Inter e Palmeiras, além de Seleção Brasileira, foi anunciado pelo vice-presidente Nelson Antonio da Silva na noite de sexta-feira (9). A contratação contou com atuação direta de Rodrigo Gral, ex-atacante do próprio clube, heroi da conquista do título estadual deste ano, que agora atuará como gerente de futebol.
A carreira de Arilson como técnico de futebol teve início recente, mas já soma alguns títulos e uma demissão. Após atuar em categorias de base, ele assumiu o comando do Aimoré (RS) no final de 2017, onde conquistou em quase um ano o acesso para a primeira divisão gaúcha em 2018, além do vice-campeonato da Copa FGF na mesma temporada e uma vaga na Copa do Brasil.
Outro feito de Arilson foi a conquista com a Seleção Gaúcha do Copa de Seleções Estaduais Sub-20 de 2017, competição organizada pela CBF.
Porém, os maus resultados de Arilson na Copa Wianey Carlet deste ano atrapalharam o trabalho dele no clube Aimoré e, após uma derrota em casa por 3 a 0 para o Pelotas, ele acabou sendo demitido pelo clube gaúcho, no dia 1º de outubro.
Grêmio campeão da Libertadores em 1995: Arilson (quarto da esquerda para direita) foi titular, protagonista e ídolo tricolor
Detalhes, como a data de chegada do novo comandante do Galo à Campo Grande, além de posíveis outros integrantes contratados para a comissão técnica e reforços para a disputa da temporada 2019 pelo Galo não foram revelados pelo vice-presidente alvinegro. No site e mídias oficiais do clube, o anúncio ainda não foi realizado oficialmente.
Depois de encerrar um jejum de 21 anos sem títulos, o Mais Querido de Mato Grosso do Sul terá pela primeira vez desde 2008 um calendário cheio na temporada, com as disputas, além do Estadual, da Copa do Brasil, Série D e Copa Verde. Nenhuma das competições teve ainda o calendário divulgado.
Cotado por Zagallo naquela década, Arilson enterrou sua trajetória na Seleção após fugir da concentração antes da Olimpíada de 1996, nos EUA (Acervo/CBF)
CARREIRA POLÊMICA
Cria do Esportivo de Bento Gonçalves (RS), Arilson foi logo cedo para a base do Grêmio e, lá, incorporado ao time principal tricolor por Felipão, conquistando pelo clube a Copa Libertadores de 1995 e o Campeonato Brasileiro de 1996 ao lado dos hoje também treinadores Adilson Batista, Roger Machado e Francisco Arce, além de Darlei, Rivarola, Paulo Nunes, Carlos Miguel e Jardel.
Na final do Mundial Interclubes daquele 1995, acabou sendo derrotado pelo Ajax, que tinha nomes como Van der Saar, Frank de Boer, Davids, Kluivert, Overmars e Kanu, além do técnico Louis Van Gaal.
Em 1996, reencontraria o nigeriano Kanu na disputa dos Jogos Olímpicos, porém protagonizou uma bizarra fuga da concentração e foi cortado por Zagallo do elenco que ficou com o bronze, sendo banido da Seleção Brasileira.
Arilson também é um dos poucos atletas que defendeu a dupla Gre-Nal, já que jogou pelo Internacional pouco depois de atuar pelo tricolor gaúcho. Ele também fez parte do Palmeiras em 1998, reencontrando Felipão, onde foi uma espécie de talismã do pentacampeão, entrando no segundo tempo e substituindo o ídolo Alex em partidas das campanhas dos títulos da Copa do Brasil e Copa Mercosul.
A carreira dentro das quatro linhas de Arilson foi encurtada por causa dos excessos cometidos fora de campo, já que era conhecido como um jogador talentoso, porém boêmio. Seu último momento de destaque (ou quase isso) foi ser rebaixado com a Portuguesa em 2002 no Brasileirão.
Mais velho e experiente, em várias entrevistas o ex-atleta confessou se arrepender de diversas situações criadas.
Fonte: Correio do Estado