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Mesmo sem casos confirmados, busca é grande por vacina

on qua, 17/01/2018 - 14:51
quarta-feira, 17 Janeiro, 2018 - 14:45

Foto: Correio do Estado

 

Mesmo sem nenhum caso de febre amarela confirmado em Mato Grosso do Sul, cerca de 80 mil doses estão disponíveis nos postos de saúde do Estado e a procura pela imunização em Campo Grande já provoca filas. Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES), não deve haver reforço de ações nas cidades que fazem divisa com São Paulo, que já é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como área de risco da doença.

O último caso de morte confirmada com infecção no Estado aconteceu em 2010, quando um paciente morreu em Corumbá. Em 2015, um homem morreu aqui, mas já veio doente do Paraná.

De acordo com a SES, com 80 mil doses disponíveis, não foi necessário implantar a vacinação fracionada em Mato Grosso do Sul, ao contrário do que acontece na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo.

“As doses são suficientes. Boa parte da população já foi imunizada e todos os municípios que solicitaram foram abastecidos”, explicou a gerente técnica de doenças endêmicas, Livia de Mello Almeida Maziero.

Antigamente, a vacina era aplicada a cada dez anos. Agora, basta receber uma dose para ficar imunizado durante toda a vida. Quem foi vacinado na época em que se aplicava por década também está imunizado para o resto da vida. A vacinação é recomendada para maiores de 9 meses e menores de 60 anos.

No posto de saúde do bairro Tiradentes, na Capital, uma grande fila se formou desde cedo para a imunização contra a doença. A auxiliar de produção Jaqueline de Alencar, 23 anos, levou a filha de 9 meses para receber a primeira dose da vacina.

“É o calendário regular de vacina dela. Se já está previsto é porque é importante. Então eu vim, não deixei para depois. Até porque a gente está vendo o que acontece em São Paulo. Só vacinando para evitar problema", disse lembrando que chegou às 7h30.

A doença é transmitida por um mosquito, que pica pessoas e macacos. Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, náusea, icterícia (amarelamento da pele), dores no corpo, calafrio, perda de apetite, olhos amarelados e sangramento.

Segundo a superintendente de vigilância em saúde da SES, Angela Cunha Castro Lopes, o descuido na imunização fez com que a doença voltasse. “As pessoas precisam manter a imunização em dia. A febre amarela já estava erradicada e agora voltou com força por descuido da população. No Estado não há necessidade de pânico, não há casos registrados aqui. Mas a atenção em relação a saúde é importante em qualquer situação”, afirmou.

Em Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) divulga em seu site uma lista com os postos que possuem doses disponíveis. Para acessar a tabela, CLIQUE AQUI.

ÁREA DE RISCO

Ontem (16), a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar todo o estado de São Paulo como área de risco de febre amarela. Foram confirmadas 21 mortes por febre amarela desde janeiro de 2017. Agora, a OMS recomenda a vacina para todos os viajantes que vão para qualquer cidade paulista, inclusive a capital.

Em 2017, seis macacos foram encontrados mortos em Mato Grosso do Sul, mas os resultados foram negativos para a doença. Os primatas foram encontrados em Corumbá (2), Dourados (1), Ladário (1) e Campo Grande (2).


Fonte: Correio do Estado