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Camapuã: Polícia não descarta erro de piloto na queda de avião

on qua, 28/02/2018 - 07:51
quarta-feira, 28 Fevereiro, 2018 - 07:45

Foto: InfocoMS

 

A Polícia Civil não descarta erro de piloto na queda de avião registrada no dia 15 de fevereiro, em fazenda na zona rural de Camapuã. A aeronave, prefixo PT-NYM, pertence a uma escola de aviação de Campo Grande e era ocupada pela instrutora de voo, de 30 anos, e por um aluno de 19 anos. Ambos acabaram feridos no acidente.

A Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), responsável pela Operação Ícaro, que investiga manutenções irregulares e oficinas que operam sem autorização, ajuda a delegacia local no esclarecimento dos fatos.

Informações preliminares apontam que o avião voava abaixo da altura permitida, quando se descontrolou, bateu a asa direita no chão e caiu de frente, tombando em meio a uma plantação. "A dinâmica será analisada pela perícia, para sabermos se, de fato, houve ou não erro do piloto", pontuou a delegada Ana Cláudia Medina, titular da Deco.

Conforme noticiado, a instrutora teve fratura nos braços e foi encaminhada para a Santa Casa da Capital. O passageiro sofreu escoriações leves. A queda foi por volta das 10h30 e aconteceu a cerca de 13 quilômetros do centro de Camapuã, perto do aeroporto municipal daquela cidade. Há também uma pista particular nesse local.

 

OPERAÇÃO ÍCARO

 

A operação foi deflagrada na manhã do dia 29 de outubro de 2015, junto com técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), por meio da denúncia feita pelo dono de uma oficina instalada no Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande. A vítima relatava que algumas peças de aviões teriam sido furtadas de seu estabelecimento. Os fatos ocorriam há dois anos.

A Deco se incumbiu do caso e chegou à TK Aviação, localizada nas imediações do Rádio Clube, onde estavam inúmeras peças sem registro. Um avião foi apreendido no aeroporto, pois estava com a hélice e um cubo de hélice furtados. O dono prestou esclarecimentos. Todo o material apreendido chamou a atenção da polícia que notou o risco iminente oferecido à segurança aérea no Estado, levando em conta a irregularidade das manutenções.

As peças apreendidas, quase um caminhão lotado, não tinham homologação e foram periciadas para saber sua origem, ou até mesmo se estão entre as furtadas. Além do crime de furto, os três sócios da TK também respondem por colocar as aeronaves em risco ao instalar peças não homologadas, na oficina clandestina. A partir destas descobertas, a Deco chegou a outros acidentes e crimes relacionados com manutenções irregulares, que levaram ao desdobramento de novas fases da operação. Aeronaves chegaram a ser clonadas para uso do tráfico de drogas.


Fonte: Correio do Estado