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Sem-terra liberam rodovias em MS bloqueadas contra a prisão de Lula
sexta-feira, 6 Abril, 2018 - 16:00
Foto: Valdir Montserrat Spindola / Campo Grande News
Os sem-terra liberaram todos os trechos das rodovias federais em Mato Grosso do Sul que eles haviam interditado em protesto pela prisão do ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva. O bloqueio começou por volta das 7h desta sexta-feira (6) e afetou três pontos no estado.
Foi impedido o tráfego na BR-262 perto da entrada para Dois Irmãos do Buriti; na BR-267 perto do distrito de Casa Verde e na BR-487 perto de Itaquiraí, esta última ainda não confirmada pela PRF (Polícia Rodoviária Federal). Inicialmente o movimento havia afirmado que o bloqueio seria na BR-163, mas depois corrigiu a informação.
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) acompanhou a situação, mas sem qualquer tipo de intervenção. De hora em hora, o grupo deixava os veículos seguirem durante dez minutos e depois voltava a montar as barricadas.
Marina Ricardo Nunes, que faz parte da direção nacional do MST, afirma que os três atos reúnem 370 pessoas que consideram arbitrária a decisão do juiz Sérgio Moro que determinou a detenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Slva.
Protesto - Ao menos 12 estados tiveram rodovias bloqueadas pelos sem-terra, além de Mato Grosso do Sul: Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Piauí, Minas Gerais e Sergipe. Em alguns lugares houve seis trechos com o tráfego impedido pelos manifestantes.
Na Paraíba, a agricultora Lindinalva Pereira de Lima Filha, que participava do protesto, foi baleada na perna. O atirador estava a bordo de um carro em alta velocidade que furou o bloqueio da BR-101, feito pelos manifestantes, na altura do município de Mata Redonda, a 40 quilômetros da capital João Pessoa.
De acordo com a diretora nacional do MST no estado, a vítima foi levada para o Hospital de Trauma, em João Pessoa, onde foi submetida a exames médicos preliminares, necessários para a retirada da bala alojada no corpo.
Fonte: Campo Grande News