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Com cheia intensa, Pantanal pode ter prazo de vacinação contra aftosa estendido
quarta-feira, 9 Maio, 2018 - 13:15
Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado
Com a intensa cheia deste ano no Pantanal, a campanha de vacinação contra a aftosa pode ser prorrogada para algumas áreas daquela região. Com uma expectativa de vacinar 21 milhões de animais neste ano, Mato Grosso do Sul já foca em 2023, quando o país deve ser considerado livre da doença e poderá dispensar a vacinação do rebanho. Na manhã de hoje (9), o Governo do Estado lançou oficialmente a campanha.
“Esse ano a exceção é a região do Pantanal, que com excesso de chuvas e a cheia chegando, a gente tem uma preocupação de que talvez tenha que se realizar uma prorrogação ou em algum município específico ou em algumas propriedades específicas, porque realmente já não há mais tempo hábil para se vacinar. As águas já chegaram, já estão retirando os animais. Se necessário for, a gente prorroga para não haver prejuízos na nossa campanha de vacinação”, explicou Luciano Chiochetta, diretor-presidente da adual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).
Durante o evento, realizado na fazenda Embriza, em Campo Grande, o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico (Semade), Jaime Verruck, toda a preocupação com a questão sanitária reflete diretamente no mercado da pecuária de Mato Grosso do Sul.
“A nossa principal preocupação, com o lançamento da campanha, é manter a cobertura vacinal que temos hoje, que é acima de 99%. O Brasil foi definido como livre de aftosa com vacinação. Então todo o cuidado em pensarmos na não vacinação em 2023, mostra a importância da campanha. Somos o quarto rebanho do país, a economia tem crescido. A carne do Estado é uma das melhores carnes do país, isso falado pelo frigorífico e pelos consumidores. Toda essa estratégia de estruturar a cadeia produtiva reflete no mercado. Essa questão da aftosa é primordial. Sem ela não se discute qualidade, não se discute mercado, exportação”, detalhou o secretário.
ZONA DE ALERTA
Com a grande extensão de 1200 quilômetros de fronteira, o Estado precisa gerar estratégias específicas para a região. “Naquela região, desde a época dos focos, a gente teve que implantar uma estratégia mais específica e mais intensa de fiscalização. Normalmente, nessa época, a gente fiscaliza as propriedades de maior risco, enviamos equipes de outros municípios para aquela região. Principalmente assentamentos nas periferias das cidades, propriedades que movimentam muitos animais”, comentou Chiochetta.
A movimentação de animais é a principal preocupação da Iagro. “A gente mantém de forma permanente equipes móveis de fiscalização de trânsito. Esse é o ponto principal que precisamos fiscalizar durante todo o ano. Temos 10 postos físicos e além disso as cinco equipes móveis para controlar esse trânsito. É um trabalho diferenciado naquela área”, concluiu o diretor-presidente.
Com o último foco no Estado tendo sido registrado em 2006, na região sul, a vacinação segue de 1º a 31 maio nas regiões do Planalto e da Fronteira. No Pantanal, a vacinação também se iniciou no dia 1º de maio e se estende até o dia 15 de junho.
Após isso, o produtor precisa registrar o rebanho. O prazo para isso é de 15 dias após o fim da vacinação.
Fonte: Correio do Estado