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Detentos vão fazer limpeza e manutenção de espaços públicos da Capital
segunda-feira, 27 Janeiro, 2020 - 10:15
Detentos do regime semiaberto de Campo Grande vão prestar serviços para a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep). É o que prevê acordo assinado entre a prefeitura e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) nesta semana.
Acordo foi assinado nesta semana - Foto: Foto: Divulgação/PMCG
Na prática, detentos que estejam cumprindo pena no regime semiaberto ou estejam em livramento condicional, com apoio do Conselho da Comunidade, atenderão o Poder Público na manutenção e limpeza de praças, parques calçadas e cemitérios da Capital. A intenção é possibilitar aos presos a redução de pena e, ao mesmo tempo, permitir sua participação em programas, projetos e serviços que possibilitem sua formação para o trabalho e recolocação profissional para que, quando libertados, sejam reintegrados à sociedade. Devem participar 50 detentos para compor dez equipes de trabalho, para atender todas as regiões da cidade.
“O Tribunal de Justiça estabelece mais uma parceria importante porque, mais dar a esses egressos uma oportunidade de trabalho, está auxiliando a prefeitura a garantir ao nosso jurisdicionado uma melhor condição de vida. O Poder Judiciário está sempre disposto a participar de ações que beneficiem direta ou indiretamente o jurisdicionado”, disse o presidente do TJMS, desembargador Paschoal Carmello Leandro.
Já o prefeito Marcos Trad (PSD) disse que seus antecessores não quiseram usar a mão-de-obra dos internos. “Ninguém sabe o tamanho da machucadura que a prisão causa não apenas na pessoa, em sua família, mas em toda a sociedade. Por isso, é com muita alegria, com a alma em pé e de pé, entrego a Campo Grande esse presente que o Poder Judiciário está nos dando”, afirmou.
O juiz Albino Coimbra Neto, da 2ª Vara de Execução Penal da Capital, articulador responsável pela proposta que serviu de base para o convênio, lembrou que já vem fazendo esse trabalho de encaminhamento dos presos do semiaberto, com apoio do Conselho da Comunidade. Ele citou as parcerias já estabelecidas com outros órgãos públicos e com empresas privadas e ressaltou que o convênio com o Município é a chance de avançar.
“O nível de ressocialização do preso que está de fato trabalhando é maior e o índice de reincidência é muito menor. Todos são beneficiados com isso. Existem estudos que mostram que a reincidência de quem trabalha é menor que 10%. O detento que não trabalha e sai do presídio sem trabalho tem índice de reincidência de 60%. Por isso, defendemos que essa é uma maneira inteligente de combater a criminalidade, de melhorar o índice de segurança pública”, explicou.
Fonte: Correio do Estado