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Cantor Mariano doa sangue para tratamento de pacientes com coronavírus com plasma sanguíneo

on ter, 16/06/2020 - 07:46
terça-feira, 16 Junho, 2020 - 07:45

Cantor Mariano, da dupla com Munhoz, foi o primeiro voluntário a doar sangue, nesta segunda-feira (15), para um tratamento em fase de testes que usa plasma do sangue humano - de pacientes já recuperados da Covid-19 - para tratar pacientes internados que ainda estão com a doença. O cantor foi diagnosticado no fim de março e está “curado”. 

Cantor Mariano e o secretário de Saúde do Estado, Geraldo Rezende - Foto: Divulgação

Para o artista sul-mato-grossense, participar deste processo representa um importante passo no combate à pandemia. “Quando eu peguei a doença, fiquei sabendo dos estudos e da pesquisa e já me prontifiquei de imediato. Assim que liberaram, já sabiam que eu tinha me prontificado a ajudar, me chamaram para ser o primeiro. Com isso, nós levamos a bandeira do Estado para todo o Brasil. Estou muito feliz em ser o primeiro”, disse Mariano. 

A coleta aconteceu no Hemocentro Coordenador de Mato Grosso do Sul (Hemosul). “É uma pesquisa importantíssima. Somos uma das unidades pioneiras para essa pesquisa de todo o país. Nós participaremos dessa importante iniciativa que comprova o compromisso do Governo do Estado  em arrumar alternativas de enfrentamento do coronavírus em Mato Grosso do Sul”, ressaltou o secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende.

Marli Vavas, coordenadora geral da Rede Hemosul-MS, explicou que a iniciativa que partiu de um diálogo com a Universidade de São Paulo (USP) – Hemocentro de Ribeirão Preto. “É muito importante ter iniciado este trabalho em parceria com a USP-Hemocentro Ribeirão Preto e Fiocruz. Temos uma satisfação imensa em contribuir para um tratamento que poderá ser uma opção fundamental para o enfrentamento da Covid”, comentou. 

ESTUDO 

O estudo pretende avaliar o impacto da transfusão de plasma de convalescente (pacientes recuperados) da Covid-19 em pacientes com quadro clínico grave dessa doença e vai trabalhar com a hipótese de que a transfusão de plasma de doador convalescente da Covid-19 poderá resultar em evolução clínica mais favorável e aumentar a taxa de sobrevida de indivíduos com acometimento grave pela doença.

Para testar a hipótese, serão tratados com plasma convalescente 40 pacientes com a forma grave da Covid-19 que terão seus desfechos comparados com grupo controle constituído de 80 pacientes com a mesma doença, com características e gravidade clínica semelhante. Cada paciente receberá uma dose aproximada de 10 ml/kg/dia de plasma convalescente (600 mL/dia para os adultos), por 3 dias consecutivos. 

Os participantes do estudo serão recrutados dentre os pacientes com infecção grave da Covid-19, tratados no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) e no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul HRMS.


Fonte: Correio do Estado