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Apesar de redução no contágio, MS tem aumento de casos e mortes por Covid
sexta-feira, 12 Fevereiro, 2021 - 11:15
Mato Grosso do Sul teve um leve aumento de casos e de mortes por Covid-19 nesta semana, em comparação com a semana anterior. De 666 episódios na média móvel de casos e 15,7 na média de mortes, o Estado passou para 683,3 e 16,3, respectivamente.
REGIONAL. Hospital é referência para atendimento de Covid-19 em MS - Álvaro Rezende/Correio do Estado
Por outro lado, a média móvel de internados particamente se manteve estável, de 454 foi para 452, mesmo com a taxa de contágio tendo caído de 0,98 para 0,92 na quarta-feira.
A secretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Christinne Maymone, avalia que, mesmo com essas mudanças, o Estado está no início de um possível declínio de casos e mortes do coronavírus, após pico de contágio da doença em janeiro deste ano.
Maymone alerta que, como a doença costuma ser instável, com altos e baixos, ainda não é momento para se descuidar de medidas de prevenção. Segundo a secretária adjunta, ao analisar a taxa de contágio é possível notar o começo de uma queda da doença.
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“A gente tem que ficar vigilante o tempo inteiro, e é um dado positivo. Nos últimos 14 dias, a gente teve uma taxa de contágio abaixo de 1. No dia 5 estava em 0,96, e tem dois dias que estamos com 0,92”.
Ela destaca que como se trata de uma doença nova, com poucos conhecimentos científicos, não tem como prever até quando o Estado continuará neste caminho.
“A gente trabalha com evidência científica e dados, e essa doença, que ainda é muito pouca conhecida e tem esses picos, com grande aumento e queda, nós temos que estar muito vigilantes”.
Mesmo com a redução significativa nas taxas desde janeiro deste ano, ao comparar as duas primeiras semanas de fevereiro é possível notar um pequeno aumento no número de casos confirmados e mortes em Mato Grosso do Sul.
A média móvel da semana do dia 3 foi de 666 confirmações diárias. Já na semana do dia 10 o número foi para 683,3 casos, uma variação de 2,5%.
A média de pessoas hospitalizadas no Estado foi a única que registrou queda em comparação com a primeira semana deste mês, que teve média de 454 hospitalizados.
Nesta semana, o número foi para 452, tanto em hospitais públicos quanto privados. Além disso, em comparação com a primeira semana de janeiro, esta semana teve uma queda de 158,5 internações, cerca de 26%.
“A Covid-19 pode tudo, a gente tem de observar todas as tendências. Tivemos um aumento, pouco substancial ainda, na média móvel dos últimos sete dias. A gente fica atento em relação ao mapa do Prosseguir, pois algumas cidades estão demonstrando esse aumento. Alertamos os municípios que têm crescimento”, detalhou.
Este ano iniciou com número de casos e mortes por coronavírus em alta no Estado, quando foram registrados 1.582 novas confirmações da doença e 28 óbitos, com variação de 1,2%, no dia 6 de janeiro. Já nesta semana o número de novos casos e mortes caiu para 846 e 17, respectivamente, a variação se mantém em 0,6%.
Na primeira semana de janeiro, a média de casos estava em 960 notificações, nesta semana a média ficou em 683,3.
A média móvel de casos confirmados de Covid-19 entre os dois períodos teve uma variação de cerca de 29%, com 276,7 casos a menos. Quanto ao número de mortes, que registrou 22,7 e 16,3 óbitos nas duas semanas citadas, respectivamente, a média teve uma variação de 28%, com uma diferença de 6,4 registros de óbito.
As médias móveis foram feitas semanalmente, em todas as quartas-feiras de janeiro e fevereiro, pela Secretaria de Estado de Saúde.
CARNAVAL
O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) decidiu manter o ponto facultativo entre os dias 15, 16 e 17, o que dará um feriado prolongado de Carnaval aos servidores do Estado.
Como uma forma de conter as aglomerações do feriado, Azambuja prorrogou o toque de recolher em todo o território sul-mato-grossense das 22h às 5h, e das 23h às 5h para cidades em estabilidade no Prosseguir.
O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), afirmou que não haverá feriado de Carnaval em 2021 no município. Segundo o chefe do Executivo da Capital, se não terá a festa, em razão das restrições de combate ao novo coronavírus, não há motivo para se ter o feriado.
Apesar da decisão de Azambuja de manter o ponto facultativo, essa medida serve apenas para servidores públicos e tem pouco efeito prático nas decisões dos municípios, bem como da iniciativa privada.
“Nada de eventos e aglomerações, e sempre com distanciamento físico, álcool em gel. E principalmente, as pessoas precisam se cuidar. Não dá para baixar a guarda, a gente está intensificando aos poucos algumas medidas, quanto mais a gente vacinar e mais rápido menos vírus teremos em circulação”, orienta Maymone sobre os dias de folga.
VACINAÇÃO
Pensando na insuficiência das doses disponibilizadas pelo governo federal, que adquiriu a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, e a vacina da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a farmacêutica Astrazeneca e a Universidade de Oxford, o Estado tomou a iniciativa de tentar adquirir doses com outras sete unidades da federação.
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, Mato Grosso do Sul possui R$ 100 milhões para compra de imunizantes e só precisa da aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que isso aconteça. Isso porque o Estado apresentou ao STF uma petição para compra da vacina
Sputnik V, fabricada na Rússia, da qual pretende adquirir de 500 mil a 1 milhão de doses.
Resende explicou, em reportagem para o Correio do Estado, que a compra das vacinas pode acelerar o plano de vacinação estadual, já que, se contar apenas com as doses do Plano Nacional de Imunização (PNI) do Ministério da Saúde, o previsto é que a campanha seja concluída só no segundo semestre de 2022.
Mato Grosso do Sul recebeu mais 32 mil doses de vacina contra a Covid-19 no domingo, o quarto lote. Ao todo, o Estado recebeu 222.960 doses dos imunizantes Coronavac e Astrazeneca.
A compra desse novo lote de imunizantes pode ajudar a evitar que haja uma terceira onda da doença, é o que dizem especialistas, já que no Brasil está em circulação uma nova variante, vinda do Amazonas, que seria mais contagiosa que as outras em circulação no País.
De acordo com o Vacinômetro da Covid-19, desenvolvido pela SES, o porcentual de vacinados aponta que 54% das doses já foram aplicadas. Em relação à população geral de Mato Grosso do Sul, o porcentual de pessoas imunizadas é de 3,06%.
Fonte: Correio do Estado