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Indústria de celulose em Ribas do Rio Pardo deve gerar 13 mil empregos
quinta-feira, 13 Maio, 2021 - 09:00
A Suzano confirmou nesta quarta-feira (12) a construção de uma nova fábrica de produção de celulose. Conforme já adiantado pelo Correio do Estado, será a maior linha única de produção de celulose do mundo.
Com investimentos de R$ 14,7 bilhões, a estimativa é gerar 13 mil empregos desde a fase de construção até o funcionamento do núcleo industrial.
Coletiva de impressa de apresentação do Projeto Cerrado - Divulgação
A fábrica com capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano será construída no município de Ribas do Rio Pardo, a 100 quilômetros de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.
A Suzano estima que a produção seja iniciada até o fim do primeiro trimestre de 2024. A iniciativa foi batizada de “Projeto Cerrado”, em referência à sua localização geográfica em Mato Grosso do Sul.
A fábrica amplia em aproximadamente 20% a atual capacidade de produção de celulose da Suzano, de 10,9 milhões de toneladas.
“A nova fábrica representa um importante avanço em nossa estratégia de longo prazo. A Suzano já está presente na vida de mais de 2 bilhões de pessoas a partir de seus produtos e, como líder global, está comprometida em atender à crescente demanda global por produtos de origem renovável. Este projeto também trará uma relevante contribuição na geração de renda e emprego, bem como na capacidade de captura de carbono advinda da expansão da base florestal”, afirma o presidente da Suzano, Walter Schalka.
EMPREGO E RENDA
Durante a transmissão on-line do evento, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina Dias, se disse emocionada.
“Esse é o maior investimento que temos nesse período difícil de pandemia. Com certeza trará desenvolvimento, emprego e renda”.
O empreendimento deve gerar cerca de 13 mil empregos no Estado. “Vamos gerar 10 mil empregos diretos no pico da obra, além de milhares de empregos indiretos em toda a região. Quando concluída, a nova unidade deve empregar 3 mil pessoas entre colaboradores próprios e terceiros e movimentar toda a cadeia econômica regional”, explica o presidente da Suzano.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, aestratégia de desenvolvimento do Estado é baseada no adensamento das cadeias produtivas e na agregação de valor.
“O impacto estimado é de 5,6% no crescimento do PIB do Estado. Já temos segunda área plantada de eucalipto,e esse ano devemos ampliar o plantio em 100 mil hectares,sem a necessidade de desmatamentos . Mato Grosso do Sul se consolida como o maior exportador de celulose . Aqui temos o ‘vale da celulose’”, ressaltou Verruck.
SUSTENTABILIDADE
Outro ganho a ser proporcionado pela nova unidade para mitigar os efeitos das mudanças climáticas está relacionada ao aumento da oferta de geração de energia renovável no Brasil.
Conforme o projeto, a planta terá capacidade para exportar aproximadamente 180 MW médios ao sistema elétrico nacional.
A nova unidade caminha para ser a primeira fábrica do setor de papel e celulose no Brasil considerada livre de combustível fóssil, um novo marco da Suzano em ecoeficiência, que evidencia o compromisso com a sociedade e com o planeta.
“Queremos transformar o Mato Grosso do Sul no primeiro estado carbono neutro e essa fábrica vai contribuir nesse projeto”, disse o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB).
O presidente da Suzano, reforçou o compromisso com o meio ambiente. “Não temos apenas ambição econômica, mas ambiental e social. Vamos aumentar o plantio e sequestrar mais carbono”, afirmou Schalka.
A efetivação do projeto, que resultará na maior planta de celulose em linha única do mundo, ainda depende de condições precedentes, como o atendimento aos parâmetros estabelecidos na política financeira da companhia e as negociações com fornecedores.
O Projeto Cerrado terá como principal fonte de recursos a geração de caixa da Suzano, podendo ser complementado com financiamentos, desde que as condições sejam atrativas em termos de custo e prazo.
“Nosso governo preparou Mato Grosso do Sul para diversificar sua economia e se transformar em um novo celeiro de oportunidades de negócios. Temos investido em infraestrutura e, com isso, garantido competitividade às nossas commodities. Nosso programa de incentivos fiscais tem gerado milhares de empregos e atraído mais indústrias, mantendo o ritmo do crescimento econômico uniforme em todo o Estado. O anúncio da Suzano de construção da fábrica em Ribas do Rio Pardo demonstra que estamos no caminho certo, transformando Mato Grosso do Sul em um Estado de oportunidades para todos, com sustentabilidade e qualidade de vida para nossa população”, ressaltou Azambuja.
Para o prefeito de Ribas do Rio Pardo, João Alfredo Danieze (PSOL) a indústria será um marco para a cidade. “Hoje é um dia histórico para Ribas do Rio Pardo, fica no passado uma cidade baseada em economia primária, para esse momento de industrialização sustentável”.
Fonte: Correio do Estado