Skip directly to content

Preso há dois anos, Jamil Name morre aos 82 anos em decorrências da Covid-19

on dom, 27/06/2021 - 18:41
domingo, 27 Junho, 2021 - 18:30

Jamil Name, morreu aos 82 anos, em decorrência da Covid-19. O réu da Operação Omertá, Jamil Name estava internado desde 31 de maio de 2021, mas o caso se agravou e ficou internado em Mossoró (RN), onde faleceu na tarde deste domingo (27).

Name foi preso em 27 de setembro de 2019, na Operação Omertà, sendo apontado como chefe de milícia e responsável por uma série de assassinatos no Estado.

Foto: reprodução

No dia 30 de outubro do mesmo ano, foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró.

Os advogados tentaram mais de 20 pedidos de prisão domiciliar para Jamil Name.

Name era acusado de chefiar milícias e durante perícia psiquiátrica apontou que têm precatórios a receber de, aproximadamente, R$ 41 bilhões, além de ter faturado R$ 1 bilhão sendo dono de uma mina ametista.

O valor dos precatórios é quase três vezes maior que o orçamento do Governo, que é estimado em R$ 16,8 bilhões para este ano.

Na prisão  

O acusado disse na perícia que antes de ser preso era tranquilo e dormia bem, mas agora tem tido dificuldades para dormir e que acorda muito cedo, além de já ter perdido 30 quilos.

Dois funcionários da Penitenciária Federal de Mossoró que tinham contato frequente com Jamil também foram questionados.

A técnica de enfermagem relatou que o acompanha a quase dois anos e que Jamil procura 'se virar' sozinho, não aceita bengala, muleta ou cadeira de rodas, mesmo com dificuldade de andar.

Já o chefe de vivência diz que ele apresenta esquecimentos frequentes e que em alguns momentos não tomava os medicamentos.  

Além disso relatou que tem dificuldade de limpar a cela e que às vezes se mostra autoritário e irritado.

Histórico

A vida de luxo de Jamil Name começou em 1957, quando morava em São Paulo. Em 1958 foi morar sozinho em Campo Grande, onde fez sociedade com um conhecido e passaram a fazer anotações de jogo de bicho e pif-paf.

Depois de algum tempo desfez a sociedade e passou a fazer a anotação do jogo sozinho.

Após isso, fez sociedade em negócio imobiliário, fundando a imobiliária Fena, fazendo muitas transações em terras em Mato Grosso (antes da divisão), São Paulo e Paraná. 

Abriu também diversos loteamentos de condomínios na Capital de Mato Grosso do Sul.

Ao ser questionado sobre o motivo de estar preso, lembra que foi preso em 2019, com acusação de ser chefe de quadrilha de extermínio e tráfico de arma; mas que é inocente e quer provar isso.


Fonte: Correio do Estado