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LCM vence licitação para asfalto da MS-436 entre Pontinha do Cocho e Figueirão
terça-feira, 4 Fevereiro, 2025 - 20:45
Publicação do diário oficial do Governo do Estado desta segunda-feira (3) traz a homologação da licitação para reforma de 49,9 quilômetros da MS-436, entre as cidades de Camapuã e Figueirão. Rodovia concluída em 2013 e que alguns meses depois começou a se esfarelar. Desde então, sempre foi alvo de reclamações por conta das más condições.
A MS-436 teve e pavimentação concluídas em 2013 e dois anos depois começaram a surgir os buracos, que são um problema até hoje - imagem: reprodução
A obra ficará a cargo da empreiteira LCM Construção e Comércio, que se ofereceu a fazer os trabalhos por R$ 101.212.310,02, o que representa deságio de 1,6%, já que a administração estadual estava disposta a pagar até R$ 102.860.310,38 pela recuperação.
A rodovia toda tem 111 quilômetros e o recapeamento do maior trecho, de 61 quilômetros, chegou a ser licitado em maio do ano passado, mas o certame acabou sendo cancelado e nova licitação foi aberta no dia 5 de dezembro, prevendo investimento de R$ 134 milhões para refazer o asfalto.
O valor para recuperar a rodovia inteira será 21% maior que os R$ 194 milhões anunciados em maio do ano passado, quando o Governo do Estado anunciou o recapeamento completo da rodovia.
O trecho cuja licitação foi homologada nesta segunda-feira vai do Distrito da Pontinha do Cocho até a cidade de Figueirão. Questionada sobre uma possível data para o início das obras, a Agesul não havia se manifestado até a publicação da reportagem.
ESCANDALOSO
Somando os dois trechos, a rodovia, que tem menos de 12 anos de uso, receberá investimento da ordem de R$ 235 milhões. Em maio do ano passado, o então secretário de Obras, Hélio Peluffo, informou que o dinheiro usado para reformar a rodovia com apenas 11 anos de uso seria suficiente para construir 40 quilômetros de asfalto novo.
Por conta dos constantes buracos, a rodovia consome milhões em manutenção desde que foi entregue. Somente entre janeiro de 2023 e abril de 2024 foram gastos R$ 5 milhões em tapa-buracos.
Mas apesar dos investimentos paliativos, as reclamações continua e as chuvas constantes na região norte do estado no final de 2024 e começo de 2025 pioraram a situação.
Embora o tempo de durabilidade de uma rodovia dependa de uma série de fatores, como intensidade do tráfego, o normal é que resista entre dez e 25 anos até que comece a se deteriorar, conforme os manuais de engenharia.
Porém, a MS-436 já estava tomada por buracos dois anos depois implantação, feita sob o Governo do então governador André Puccinelli. Por conta disso, a obra foi alvo da operação Lama Asfáltica, que chegou a levar prisão tanto o ex-governador como uma série assessores e até empresários.
Fonte: Correio do Estado