Valorização de moeda brasileira reduz exportação de carne bovina no Estado

O Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul) apontou retração de 22% nas exportações de carne bovina in natura no mês passado, em Mato Grosso do Sul. A queda estaria relacionada a valorização do real.

Em março o Estado exportou 12,1 mil toneladas, já em fevereiro 15,5 mil. Para o diretor secretário do Sistema Famasul, Ruy Fachini existem duas explicações econômicas, a valorização do real em relação ao dólar e da carne sul-mato-grossense. O Departamento Econômico da Famasul também apontou que o preço da arroba é 2% maior que a média no Paraguai.

No período analisado a valorização do real registrou média de R$ 2,3 por dólar, comprometendo a competitividade do setor. A carne sul-mato-grossense também ganhou destaque e o preço do boi apresentou média de US$ 51,32 na arroba no Estado, enquanto na Argentina o valor era de US$ 32.

Apesar da redução do número de exportações, Fachini acredita que o mercado deve se manter aquecido ao longo do ano. "As vendas do setor para o mercado internacional caíram em março quando comparadas a fevereiro, entretanto, em relação ao mesmo período do ano passado, quando as negociações sul-mato-grossenses totalizaram 9 mil toneladas, a alta é de quase 34%", destacou.

Para Fachini, a projeção é de que as vendas retomem o ritmo de crescimento nos próximos meses. "Com a aproximação da Copa do Mundo, o consumo irá aumentar, não só por causa dos brasileiros, mas também dos turistas, que gastam principalmente com hotelaria e gastronomia", afirmou.

Fachini ressalta ainda que a recente notícia da habilitação de um frigorífico no Estado para exportar à Malásia também é positivo para o setor. A expectativa é que ampliemos as vendas para este país, abrindo mais uma janela estratégica para o nosso mercado", ressaltou.

A Rússia se mantém como principal comprador de carne bovina sul-mato-grossense, com 6,3 mil toneladas compradas apenas em março. Em segundo lugar está Hong Kong com 2,3 mil toneladas e em terceiro, o Chile com 1 mil tonelada.

Abates bovinos - Em março também houve uma leve redução no número de abates, de 4,2 % em relação ao mês de fevereiro, ou seja, de 310 mil para 309,2 mil cabeças.

Capital News