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Vereador de Campo Grande indiciado por exploração sexual renuncia
terça-feira, 28 Abril, 2015 - 13:00
Indiciado por exploração sexual de adolescentes, o vereador Alceu Bueno (PSL), renunciou ao mandato. A carta de renúncia foi entregue à Câmara Municipal por advogados do político, durante sessão desta terça-feira (28).
Além de Bueno, também são suspeitos do crime de exploração sexual o ex-vereador na capital sul-mato-grossense Robson Martins, o ex-deputado estadual em Mato Grosso do Sul, Sérgio Assis (sem partido), o empresário Luciano Pageu e o comerciante Fabiano Viana Otero.
Martins, Pageu e Otero, também são suspeitos de extorsão contra Bueno. Os três estão presos e somente o último confessa envolvimento. Os demais negam participação, assim como o vereador renunciado.
Caso
Martins e Pageu foram presos no dia 16, em flagrante, quando recebiam dinheiro de Bueno. A defesa deles diz que eles apenas ajudavam o político a se livrar da extorsão. Otero foi preso nesse domingo (26).
O delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), que investiga o caso, disse que depois de encontrar com as meninas em locais públicos, os políticos seguiam com elas para motéis. As meninas gravavam os encontros em câmeras escondidas em chaveiros.
As cópias das gravações foram entregues ao Ministério Público do Estado (MPE). O relatório final do inquérito será entregue para que a promotoria decida se vai apresentar a denúncia à Justiça.
Três meninas de 15 anos estariam envolvidas com os políticos. Duas teriam saído com eles. Pelos relatos de Otero à polícia, foi verificado que elas cobravam cerca de R$ 600 por encontro.
O início
Segundo o delegado, Otero revelou ainda em depoimento que ele e Pageu teriam criado um perfil ′fake′ no facebook, com fotos sensuais de uma das adolescentes. Políticos então teriam começado a enviar convites de amizade e a manter contato.
Ainda conforme a oitiva, Otero e o empresário Luciano Pageu estavam tentando verificar se o negócio daria certo. A partir daí, eles marcariam encontros e enviariam convites para outros políticos. A defesa de Fabiano Otero tenta delação premiada.
G1