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No Dia da árvore Camapuã sente falta de quando seu Centro era 'verde'
segunda-feira, 21 Setembro, 2015 - 08:45
A cada dia que passa a região central de Camapuã perde mais o verde, hoje, dia em que comemoramos o dia da árvore convidamos os leitores a refletirem sobre a situação atual da nossa principal rua, a Pedro Celestino, que também abriga concomitantemente a BR-060, local que em um tempo não muito distante era repleto de várias espécies, que entre outros benefícios amenizava o calor e melhorava a qualidade do ar em um trecho que convive com milhares de caminhões transitando diariamente, emitindo grande quantidade de dióxido de carbono (CO2), que é o principal agente do aquecimento global.
As árvores gradativamente foram dando espaço para as modernas fachadas das lojas e desocupando as calçadas, se puxarmos na memória é fácil recordar algumas espécies que resistiram até pouco tempo, como a imponente figueira do Posto Real, outras espécies localizadas na esquina com a Marechal Rondon (próximo a lotérica), na esquina da Secretaria de Saúde entre muitas outras.
Em muitos casos a remoção infelizmente é única saída encontrada para evitar que a árvore ofereça riscos principalmente em dia de chuva, já que algumas espécies foram plantadas há décadas e talvez não seja da natureza mais indicada para urbanização, mas o que entristece é que a minoria dos proprietários ao fazerem a retirada preocupa-se em replantar outra espécie indicada para o local, ficando assim mais um espaço com ausência do verde em nosso centro.
Outro fato que preocupa é a falta de projetos e campanhas públicas acerca deste tema, projetos de tratamentos das árvores antigas, assim como aconteceu recentemente em Campo Grande, onde árvores históricas receberam tratamento especializado evitando assim suas remoções e deixando de oferecerem riscos em dia de chuva.
Alguns projetos de arborização foram realizados recentemente em Camapuã, sobretudo nas margens do córrego Garimpinho e nos bairros periféricos, mas enquanto isso, a principal rua da cidade continua a cada dia se tornando menos verde, mais quente, sofrendo mais com a poluição e perdendo exemplares vivos de sua rica história.
Foto aérea: Denilson Rodrigues, demais fotos Aloizio Targino