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Padre é afastado pela igreja após engravidar jovem de 16 anos
terça-feira, 29 Setembro, 2015 - 13:15
O padre Jocerlei José Tavares, vigário da Paróquia Santa Rita de Cássia, no Bairro Universitário, engravidou uma menina de 16 anos depois de manter relacionamento em segredo por nove meses. A menina confessou o abuso, após ser levada à Santa Casa com suspeita de insuficiência renal, porque os pés e abdômen estavam inchados.
De acordo com o registro da polícia, a mãe da vítima levou a adolescente até a Santa Casa no dia 23 deste mês. A garota estava inchada, então a mãe desconfiou de problemas renais, mas ao chegar ao hospital, a vítima contou que foi estuprada por um motociclista, porém não sabia quem era.
Elas foram até a Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) para registrar a ocorrência. Durante todo o depoimento a menina sustentou a versão de estupro, apontando que conversaria sobre o caso com a mãe, quando chegasse em casa.
Na residência ela foi pressionada pelos irmãos e os pais para contar a verdade, quando revelou que o suspeito seria próximo a família e frequentava a igreja. Com isso a irmã da menina sugeriu o nome do padre, sendo confirmado pela adolescente.
A irmã contou a mãe que há alguns meses, Jocerlei enviou uma mensagem pelo aplicativo Whatsapp. A menina disse que o vigário pediu para ela enviar uma foto, porém ela se recusou. Este pedido que levantou a suspeita da irmã de que o religioso poderia ser o responsável pela gravidez.
A adolescente, que era coroinha da igreja, alegou estar apaixonada pelo padre e estava se relacionando desde fevereiro deste ano com o acusado. Ela não relatou onde seriam os encontros amorosos, mas garantiu que era virgem antes do namoro.
A Arquidiocese de Campo Grande emitiu nota confirmando a gravidez da adolescente. O arcebispo metropolitano, Dom Dimas Lara Barbosa, informou que o sacerdote foi afastado do exercício público do ministério e irá prestar todos os esclarecimentos à polícia. Também frisou que vai ser dada assistência à adolescente e ao bebê.
O arcebispo e o superior Provincial, padre Edgar Ertl, afirmaram que só tiveram conhecimento dos fatos nos últimos dias.
O caso também segue sob investigação da DEPCA. O padre não foi localizado para comentar o assunto.
Campo Grande News/Foto: Fernando Antunes