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Sangue e achocolatado são aspirados dos pulmões, mas menina de 2 anos morre

on sex, 10/03/2017 - 14:34
sexta-feira, 10 Março, 2017 - 14:30

Dia que seria apenas mais um da rotina do casal de jovens Larissa de Oliveira Custódio e Igor Prudente, ambos de 22 anos, terminou de forma trágica, ontem (9). A filha deles, Luíza de Oliveira Custódio Martins, de dois anos, morreu depois de passar mal na escola de educação infantil onde estudava, localizada na Avenida Júlio de Castilhos, na Vila Alba, em Campo Grande. Enquanto era socorrida, médicos retiraram dos pulmões da criança líquido com sangue e alimento que parecia ser achocolatado. A suspeita é que ela tenha se afogado com o próprio vômito.

Em entrevista à reportagem, Larissa contou que assim como era de praxe em todas as manhãs alimentou a filha e logo a deixou na escola de período integral. Porém, por volta das 12h, ligação de professores deram início ao drama que teria como fim a morte de Luíza.

“Ligaram para o meu marido, dizendo que minha filha estava com febre. Ele pediu que dessem paracetamol e logo foi buscá-la. Quando chegou, ela estava molinha, ainda brincou com ele um pouco, pediu água, mas logo começou a sentir falta de ar”, relatou a mãe da menina.

A criança foi levada para hospital particular e diagnosticada com líquido nas vias respiratórias. Procedimento de aspiração foi feito por cinco horas, mas médicos não puderam salvá-la. A morte foi constatada às 19h.

Larissa diz, ainda, que a suspeita é que a criança tenha se afogado com vômito, mas não sabe o momento que o fato aconteceu. “Quando ligaram da escola disseram apenas sobre a febre”, destacou. Além de sangue, foi encontrado achocolatado que Luíza consumiu no café da manhã. “Ela foi alimentada como sempre e na escola disseram que não quis comer nada. Estava enjoadinha por causa da febre”, completou a jovem.

Segundo Larissa, Luíza era portadora da Síndrome de Down e sofria de laringomalácia - que é o colapso de parte das vias respiratórias que ocorre durante a inspiração (entrada de ar nos pulmões). Tipo de anomalia congênita mais comum da laringe. “Acredito que tenha sido fatalidade. Minha filha estudava na escola há uns dois meses e sempre foi bem cuidada. O médico mesmo me disse que se acontecesse na minha frente eu não poderia salvá-la”, lamentou.

Ainda assim, inquérito policial foi instaurado como morte a esclarecer para investigar o caso. A reportagem fez contato por telefone para saber o posicionamento da escola, mas responsável não foi encontrado.


Fonte: Correio do Estado