STJD comprova falsificação de e-mails do Inter no caso Victor Ramos

Ex-presidente do Internacional e advogados do clube teriam utilizado e-mails falsos em 'caso Victor Ramos' (Carlos Quadros/ Fotoarena)

Mais um importante capítulo do ‘caso Victor Ramos’ vaio à tona nesta quinta-feira (30 de março). O Superior Tribunal de Justiça Desportiva anunciou por meio de uma nota oficial em seu site que parte dos e-mails utilizados pelo Internacional eram falsificados. O órgão faria um julgamento, mas Vittorio Pífero, ex-presidente do Colorado, e os advogados do clube não compareceram à ação.

O mandatário do Internacional e seus advogados foram intimados a comparecerem ao tribunal, mas alegarão doenças e problemas pessoais para não irem ao julgamento. Com isso, o STJD marcará uma nova data para a realização da ação.

Entenda o caso

No final de 2016, o Internacional montou um dossiê que provava, de acordo com o time colorado, que o Vitória não respeitou as regras da Fifa na hora de contratar o zagueiro Victor Ramos, que tinha os direitos ligados ao Monterrey, do México. O documento alegava que a negociação havia ocorrido depois da data-limite imposta pela Fifa.

O dossiê tinha algumas supostas troca de e-mails entre dirigentes do Vitória e funcionários da CBF que comprovariam a irregularidade do caso. Caso fosse comprovada a ‘farsa’, o time baiano perderia pontos e seria rebaixado à Série B na vaga do Internacional, que não se livrou da degola em campo.

No começo de fevereiro, a CBF foi ao STJD e entrou com uma ação contra o Reynaldo Buzzoni, diretor de registros da entidade, que foi acusado de falsificar documentos. O próprio profissional protocolou e-mails em cartório que afirmavam que a transferência do zagueiro na época não poderia ter sido nacional.

Porém, no mesmo mês, a Comissão de Prerrogativas da OAB do Rio Grande do Sul entrou com pedido no STJD para acompanhar a investigação movida contra o Internacional por falsificação de documentos. A suspeita é de que o órgão desportivo esteja violando os direitos dos advogados, que estão impedidos de terem acessos às informações da investigação.

Fonte: Fox Sports