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Câmeras registram homem de calcinha em provador de loja em MS
terça-feira, 2 Abril, 2013 - 15:30
Funcionárias de uma loja de roupas de Campo Grande registraram na polícia, em março, dois boletins de ocorrência por ato obsceno praticado por um homem que ia ao local, provava roupas femininas, ficava apenas de calcinha e se exibia nu para as atendentes. O caso mais recente ocorreu no dia 14 de março, quando câmeras de segurança filmaram a ação do suspeito (veja imagens ao lado). A última ocorrência foi relatada à Polícia Civil no dia 25 do mês passado.
Ao G1, o delegado Wellington Oliveira, da 1ª Delegacia de Campo Grande, onde foram registrados os boletins de ocorrência, afirmou, na segunda-feira (1º), que já analisou as imagens do circuito interno e que as cenas ainda passarão pela perícia. Agora, segundo ele, um Termo Circunstanciado de Ocorrência está em fase de produção para as partes representarem contra o autor. Posteriormente, o homem será chamado para depor. O termo só será concluído após o vídeo passar pelo trabalho pericial, o que é um processo demorado, de acordo com o delegado.
Nem o proprietário da loja nem as vendedoras quiseram ter os nomes divulgados. De acordo com o relato das vítimas, o cliente foi ao local pelo menos sete vezes em um intervalo de 13 dias.
Constrangedor
O primeiro boletim de ocorrência foi registrado no dia 1º de março. A atendente contou à polícia na época que o suspeito chegou à loja em um momento em que ela estava sozinha e pediu para experimentar calças masculinas e uma saia. Ao provar essa última peça, ficou nu fora do provador.
A vítima relatou ter pedido ao cliente para que se vestisse de portas fechadas, mas ele argumentou dizendo que eles estavam entre mulheres, chegando a insinuar que a vendedora era homofóbica.
O homem então continuou a experimentar vestimentas sem fechar a porta do provador. Ele pediu para provar um vestido. A roupa tinha comprimento até a altura dos joelhos do suspeito, que levantou a peça até o quadril, deixando a genitália à mostra. Ele teria pedido que a atendente o ajudasse, encostando o órgão na mulher. Com medo, a vítima ligou para o namorado, que foi ao local. A cena não foi registrada porque, nessa época, o estabelecimento ainda não tinha câmeras de segurança, que foram instaladas recentemente.
O que diz a lei
O delegado Wellington Oliveira ainda explicou ao G1 que o caso se enquadra entre os crimes de menor potencial ofensivo, cuja legislação prevê pena máxima de dois anos. Embora as ocorrências tenham sido registradas como ato obsceno, o fato se trata de “importunação ofensiva ao pudor”, diz.
Esgotadas as fases de depoimento, o caso deve ser encaminhado para o juizado especial, ainda de acordo com o delegado.
“É incomum que uma pessoa fique pelada em frente a outras, sobretudo com pessoas de sexo oposto. As imagens do vídeo mostram que há um padrão de comportamento desviante”, afirma.
G1