Para instalar no município de Inocência uma unidade capaz de produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose ao ano, a Arauco trabalha no planejamento para uma mudança radical com a prefeitura da cidade, que fica a 339 quilômetros de Campo Grande. A ideia é preparar o local para o “boom” de 12 mil pessoas que vão trabalhar na obra, a partir de 2025. A indústria prevê começar a produzir em março de 2028. O investimento total será de cerca de R$ 15 bilhões.
Vista aérea de Inocência (Foto: Arquivo/Saul Schramm/Governo MS)
O canteiro de obras ficará a apenas 47 quilômetros da cidade.
Segue avançando com serviços de terraplanagem, reforço do subleito e implantação de sub-base a obra de pavimentação da MS-338, entre Camapuã e Ribas do Rio Pardo. Máquinas pesadas trabalham na implantação da estrada na altura da estaca 1.600.
Segundo informações obtidas pela redação do InfocoMS, a rodovia já conta com 22km de asfalto pronto, saindo de Camapuã sentido Ribas do Rio Pardo, a terraplanagem já está com 38km, chegando na região da Fazenda Bartira (San José I), antiga fazenda Café no Bule do apresentador Ratinho do SBT.
MS-338 que liga Camapuã a Ribas do Rio Pardo - Foto:
O Brasil está entre os líderes da produção mundial de celulose e, para abastecer essa cadeia produtiva, tem ampliado sua base florestal. Mato Grosso do Sul vem na mesma esteira com o “vale da celulose”, como tem sido chamada a região leste do Estado, que concentra indústrias e muitos hectares de florestas plantadas.
A Bracell possui a maior e mais verde fábrica de celulose solúvel do mundo, a unidade de Lençóis Paulista (SP), inaugurada em 2021 - DIVULGAÇÃO/BRACELL
A Bracell, que é líder global na produção de celulose solúvel, está focada na expansão de seus negócios pelo País, e entre seus
Ribas do Rio Pardo vai ganhar mais uma indústria na esteira da magnitude bilionária da fábrica de celulose, em fase de construção.
Será um investimento de R$ 406 milhões em uma indústria química para a fabricação de cloreto de sódio, peróxido de hidrogênio, dióxido de cloro e hidrogênio.
Jaime Verruck durante Congresso Internacional de celulose e papel - Foto: Assessoria/Governo do Estado
Os produtos promovem o branqueamento da celulose. A cor original da celulose é marrom.
O anúncio foi feito pelo pelo secretário de Estado de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura
A multinacional Arauco, com sede no Chile, confirmou nesta quarta-feira (22) a mais nova planta processadora de celulose com sede em Mato Grosso do Sul.
Com investimentos orçados em R$ 15 bilhões (US$ 3 bilhões), a planta será instalada em Inocência (MS).
Evento para formalização do contrato foi realizado na tarde desta quarta-feira - Eduardo Miranda
A fábrica terá capacidade de processamento de 2,55 milhões de toneladas por ano, se igualando a planta que é erguida em Ribas do Rio Pardo pela Suzano.
O Correio do Estado já havia adiantado o nome da empresa.
A Suzano S.A. anunciou no fim da semana passada a aquisição de 106 mil hectares de terra e a Licença de Instalação da fábrica de celulose a ser instalada em Ribas do Rio Pardo. Conforme a gestão municipal, a fábrica trará até 7 mil empregos diretos e indiretos para o município, aumentando a arrecadação e a população do local.
Foto: divulgação
Com capacidade para 2,2 milhões de toneladas, esta será a quarta indústria de produção de celulose no Estado. A unidade de Ribas do Rio Pardo se somará às outras duas fábricas da Suzano localizadas em Três Lagoas.
Desde 2006 a soja sempre terminou o primeiro semestre do ano como principal produto exportado por Mato Grosso do Sul. Em 2019, após 13 anos de hegemonia da oleaginosa, o cenário mudou. No acumulado de janeiro a junho deste ano, a celulose é o principal item da pauta de vendas internacionais do estado, segundo dados do Ministério da Economia tabulados pelo G1.
Celulose se consolida como principal produto exportado pelo estado no primeiro semestre de 2019; MS é o maior exportador brasileiro de celulose de fibra curta — Foto: Anderson Viegas/G1 MS