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Experiência com rotação de culturas aumenta produtividade em 500%

on qua, 03/07/2019 - 23:53
quarta-feira, 3 Julho, 2019 - 23:45

O docente e pesquisador da Universidade Federal da Grande Dourados (FCA/UFGD), Luiz Carlos Ferreira de Souza, comprovou por meio de experiências realizadas com rotação de culturas, que a alternância do plantio de soja e milho com oleaginosas, gramíneas e outros cultivares podem elevar a produtividade em até 500%. 

Foto: reprodução / Sorgo Net

Conforme informado pela assessoria da instituição de ensino, o docente defende o plantio direto e a rotação de culturas diversificadas há mais de 20 anos e destaca que é uma forma de aumentar a qualidade do solo, e consequentemente, a produtividade das safras de verão.

O especialista compreende que atualmente, os produtores rurais não podem se dar ao luxo de perder a lucratividade, seja na safrinha ou na safra de verão. Porém, em médio e longo prazo, a alternativa mais rentável e sustentável para as propriedades rurais será a produção consorciada no inverno ou a rotação de culturas com maior diversidade. Desta forma, garante-se ainda, mais sanidade da área para o cultivo de verão.

“O sistema mais usado no Brasil e também em Mato Grosso do Sul é o cultivo da soja na safra de verão e o milho na safra de inverno. Mas já temos muitos produtores adotando outros sistemas, como o plantio de milho na safra de inverno consorciado com braquiária. A braquiária não tem valor comercial, mas ela melhora muito a fertilidade do solo, devido à palha e a características da sua raiz”, exemplifica Souza.

DETALHES DA PESQUISA

O estudo desenvolvido desde 2015 pelo docente alterna soja e milho de verão com outros cultivos no inverno, como por exemplo, a aveia branca e preta, milheto, rama forrageira e cortalárias (eficazes controladoras de neumatóides). 

Além dessas plantas mais conhecidas entre os produtores, na área experimental do professor Luiz Carlos há cultivo de plantas alternativas como o níger e o cártamo, que são oleaginosas, da família do girassol. 

“Nesse momento estamos estudando essas plantas, a fim de comprovar se podem futuramente se tornar culturas importantes, tanto no ponto de vista comercial como na recuperação de solo”, explica o professor.

Para o futuro, o pesquisador deve iniciar uma pesquisa específica em produção de óleos comestíveis de alta qualidade. Acima de tudo, essas plantas apresentam resultados expressivos na recuperação da fertilidade do solo, devido às características de suas raízes e da folhagem residual após a colheita. 

Cultivos de soja e milho plantados sobre a palha dessas duas variedades atingem produtividades até 5 vezes acima da média das áreas onde se alternam somente as culturas de soja e milho, plantadas no verão e inverno respectivamente.

*Com informações da Ascom UFGD


Fonte: Correio do Estado