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Gaeco investiga prefeito de Camapuã que é sócio de empresa e empresários da Capital
sexta-feira, 21 Outubro, 2016 - 12:30
A terceira fase da Operação Tempestade, deflagrada nesta sexta-feira (21) em Camapuã, distante 146 quilômetros de Campo Grande, teve como alvos o prefeito da cidade, que também é sócio de uma empresa, e dois empresários da Capital, conduzidos coercitivamente à sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) para prestar depoimento.
O Grupo realizou três mandados de busca e apreensão em Camapuã no gabinete do Prefeito Municipal, Marcelo Pimentel Duailibi, em sua casa e no escritório da Empresa Engesat Engenharia, que possui como sócio o prefeito municipal.
Na Capital, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em uma empresa de contabilidade localizada no centro e em uma casa no bairro Jardim Tijuca. As pessoas responsáveis pela empresa e pela casa também foram conduzidas ao Gaeco, mas não tiveram os nomes revelados pelo MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul).
A terceira fase da Operação Tempestade tem como objetivo principal a apuração de desvio de dinheiro público do município de Camapuã através de licitações fraudulentas de obras públicas e pagamentos ilegais a empresas. Apura-se, assim, a prática dos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva e organização criminosa.
A primeira fase da operação foi deflagra no dia 16 de abril de 2015 a pedido do órgão de fiscalização à Justiça, já que a prefeitura não teria encaminhado os contratos pedidos pelo Ministério.
A Promotoria de Justiça do Patrimônio Púbico e Social instaurou inquérito civil para apurar irregularidades na aquisição de materiais de construção e prestação de serviços de empresas provenientes de outras cidades e até outros Estados, a partir do ano de 2013, pelo município de Camapuã.
A segunda fase da operação aconteceu no dia 8 de maio de 2015 para cumprimento de 14 mandados de busca e apreensão de documentos e na residência de servidores municipais, sedes de empresas fornecedoras e prestadoras de serviços ao município e seus proprietários. Estão sendo apurados crimes de fraudes em licitações, peculato, corrupção ativa e/ou passiva. A pena prevista pode chegar a 12 anos de reclusão e multas.
Na segunda fase, a operação buscou documentos utilizados em certames licitatórios suspeitos de fraude ou supostamente utilizados para o desvio de dinheiro público e reforçar o acervo probatório já obtido durante o cumprimento de busca e apreensão em 16 de abril, assim como colher depoimentos de testemunhas e investigados, dentre servidores públicos e fornecedores municipais.
Midiamax