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Goleiro Bruno não esperava a soltura, diz advogado

on sex, 24/02/2017 - 16:25
sexta-feira, 24 Fevereiro, 2017 - 16:15

Foto: Renata Caldeira/TJMG

 

O advogado do goleiro Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo, disse nesta sexta-feira (24) que o atleta ficou emocionado e não esperava receber a notícia de que poderá deixar a prisão. A liberação foi determinada pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão liminar (provisória) da última terça-feira (21).

"Ele não esperava. Ficou com os olhos cheios d’água", disse Adolfo.

Em 2013, Bruno foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, sua ex-namorada, e também pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho. Segundo decisão do ministro Marco Aurélio, o goleiro poderá ficar em liberdade enquanto o recurso contra a condenação não é julgado.

O advogado disse que o goleiro já está preparando as malas para deixar a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Santa Luzia (MG), onde está detido. A mulher de Bruno, a dentista Ingrid Calheiros, está em Belo Horizonte para se encontrar com o marido.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que foi notificado da decisão de liberar Bruno. A soltura, agora, depende de uma decisão da Vara de Execuções Penais de Santa Luzia. A expectativa do advogado é que a liberação ocorra nesta sexta-feira.

Vida fora da prisão

O advogado não quis dizer para onde Bruno irá. A decisão do STF determina que ele fique na residência informada à Justiça, atenda às convocações que forem feitas, comunique eventual transferência e adote "a postura que se aguarda do cidadão integrado à sociedade."

Sobre o futuro de Bruno, o defensor preferiu não comentar. "Os planos do Bruno na sua vida particular, apesar de conhecê-los, eu não tenho liberdade, não me sinto com calma para descrevê-los. Trata-se de um problema da vida privada dos dois. Eu posso antecipar que um período eles terão que ficar aqui, certamente, para se justificar diante do juiz, de onde vão morar, qual é a atividade profissional".


Fonte: G1