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Moeda de R$ 1 que pode valer R$ 10 mil: colecionador de MS explica raridade

on dom, 04/09/2022 - 14:46
domingo, 4 Setembro, 2022 - 14:45

Já pensou ter uma moeda de R$ 1 que vale dez mil vezes mais? É o que um morador sortudo pode ter na carteira e nem sabe. Acontece que uma moeda de um real, considerada rara e podendo ser até peça única, pode chegar a valer R$ 10 mil.

Moeda rara de um real pode custar R$ 10 mil | Foto: Marcos Ermínio, Midiamax

O colecionador Ivanilson Carneiro Nogueira, da ANUMIS-MS (Associação Numismática de Mato Grosso do Sul), explicou porque a tal moeda é tão rara. A peça aparece com a letra 'P' na parte inferior.

"Então, essa moeda com 'P' que significa 'PROVA', é uma moeda muito difícil de se encontrar. A letra significa que foi a primeira moeda fabricada", explicou. Mas quem mora em Campo Grande talvez se desanime, pois na avaliação do colecionador, a moeda pode não ser encontrada por aqui.

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Moeda rara com letra 'P' | Foto: Reprodução

"Por aqui tem só as mais antigas de Cruzeiro. É rara, assim como as moedas de R$ 0,50 sem o zero, que podem custar até R$ 1,5 mil", disse Ivanilson. A moeda de cinquenta centavos sem o zero, segundo ele, foi um erro de fabricação do Banco Central do Brasil e é item cobiçado dos colecionadores.

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Moeda de R$ 0,50 sem o zero pode custar R$ 1,5 mil | Foto: Reprodução

Moeda rara

Um vídeo no Tik Tok viralizou e mostra um modelo de moeda de R$ 1 que pode valer até R$ 10 mil se vendida aos colecionadores. A moeda é do ano de 1998, e tem um 'P' na parte identificada como “coroa”, onde está impresso o valor dela.

Essa inscrição “P” corresponde à prova de cunho e, segundo catálogo de colecionadores, pode chegar a valer R$ 10 mil. Não há informações sobre o nível de raridade da moeda e nem a quantidade de exemplares que foram emitidos.

Confira o vídeo:

Colecionadores de moedas

As moedas e cédulas são consideradas documentos históricos, sendo utilizadas como fontes de dados para pesquisas. A ANUMIS-MS tem uma coleção vasta como mostrada em reportagem anterior do Midiamax. São tantas moedas que Ivanilson nem sabe a quantidade exata de quantas caixas e latas possui. As mais especiais, no entanto, ficam em um álbum. 

“As mais antigas são do império ou colônia. Gosto só das moedas Brasileiras, os famosos patacão de prata. A mais antiga no momento é de 1814, o patacão de 960 reis”, conta o colecionador. 

Assim, as moedas mais especiais são as de pouca tiragem, ou seja, que fabricaram menos. Quanto mais difícil de conseguir, mais cara e rara a moeda é. “Já comprei um lote de moedas de uma pessoa que encontrou enterradas na fazenda. E teve uma de uma data muito rara, avaliada em torno de R$ 16 mil”, afirma Ivanilson. 

Além das moedas, a ANUMIS-MS também possui coleção de cédulas atuais e antigas. Os participantes colecionam todas.

“A ciência numismática faz uso de diversas áreas do conhecimento para compreender as moedas e cédulas, buscando identificá-las e situá-las no tempo histórico [...] uma única moeda ou uma cédula podem facilmente fornecer dados sobre o povo que a fez, como sua forma de governo, língua, religião, forma como comercializavam, situação da economia, e até mesmo grau de sofisticação dos povos, através da análise do método de cunhagem ou impressão”, disse Paulo, que também participa da associação. 

Para os entrevistados, a numismática tem um papel cada vez maior no estudo da história dos povos.

Para ajudar

A ANUMIS-MS é uma associação sem fins lucrativos que busca recursos para a sede própria e, também, para a construção do museu numismático em Campo Grande. Interessados em se unirem à causa podem entrar em contato pelo telefone (67) 98406-2345.


Fonte: Midiamax