Professores lotam Assembleia em protesto por reajuste salarial

Professores da rede estadual ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul manhã desta terça-feira (3), em Campo Grande. Durante a sessão, o presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação do estado (Fetems), Roberto Botareli, usou a tribuna para falar sobre as reivindicações e informar que a categoria deve iniciar o ano de 2014 em greve, caso não seja atendida.

"Se não avançarmos nas negociações com o governo estadual, a partir do de fevereiro de 2014, Mato Grosso do Sul assistirá a maior greve da educação já feita neste estado", afirmou.

O governo do estado ainda não se pronunciou sobre o assunto, segundo informações da assessoria de imprensa.

Botareli disse ainda que o governo estadual não cumpriu com o compromisso firmado com a instituição e que não adotou uma política salarial que valoriza a jornada dos professores. "Não tem nenhuma profissão nesse país que não passe pela mão de um professor, no entanto, ele é o mais desvalorizado, é o que ganha o pior salário", disse.

Os professores paralisam as atividades, nesta terça-feira, em várias escolas estaduais. Segundo a Fetems, levantamento preliminar aponta que cerca de 80% dos estabelecimentos estão sem aula.

A entidade recusou a proposta de política salarial para o magistério em 2014, apresentada pelo governo do estado na segunda (2). Conforme a Fetems, a proposta defendida prevê a instituição do piso por 20 horas semanais, em um prazo de três anos. Atualmente, de acordo com a federação, o governo paga R$ 1.810,05 por 40 horas e propôs implantação da medida reivindicada em oito anos.

G1/Foto: Tatiane Queiroz