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VÍDEO: Energisa faz operação para acabar com ‘gatos’ e moradores ficam revoltados
quinta-feira, 10 Agosto, 2017 - 14:15
Foto: Cleber Gellio
A Energisa realizou uma operação para colocar fim às ligações irregulares, os populares “gatos de energia”, em uma ocupação popular no Bairro Mário Covas, em Campo Grande. Para dar apoio à ação, quatro equipes da Polícia Militar estiveram também na ocupação.
Embora revoltados e lamentando a situação, os moradores, a princípio, não impediram os trabalhos. Depois, decidiram fechar a Rua Catiguá e houve tumulto com a PM. Os militares chegaram a deter um morador que estava tentando fechar a rua com um pedaço de madeira. Foi feito um cordão humano para tentar bloquear a rua.
No local, 20 equipes da Energisa executaram os trabalhos, em aproximadamente 120 barracos. A comunidade disse estar surpresa com o corte da eletricidade, pois, já teriam participado de reuniões com vereadores e o prefeito da Capital, onde teria sido garantido que isso não aconteceria.
Uma das moradoras da ocupação é Kelly Gondim, 29 anos. Com três filhos para criar, ela diz que os moradores não se negam a pagar e que já foram à Energisa pedir o padrão de energia, mas receberam a resposta que sem o lote regularizado, não é possível a instalação do padrão.
Vanessa de Lima Arce, 30 anos, tem dois filhos, sendo que um deles, de apenas 3 anos, tem bronquite. Ela diz que se preparava para fazer inalação, quando foi surpreendida com o corte da energia.
Em nota, a Energisa informou que foram constatadas e retiradas 120 ligações irregulares no local. A área invadida existe desde 2015 e a distribuidora já chegou a realizar outras operações no local.
Segundo o gerente de Medição e Combate a Perdas, Paulo Roberto dos Santos, as ligações clandestinas não obedecem a padrões mínimos de segurança. “Os chamados ‘gatos’ colocam em risco a vida das pessoas por conta dos choques elétricos, incêndios e curtos circuitos”, disse.
Além de ser crime e gerar impacto nas tarifas de clientes regulares, oferecem riscos à população, sobrecarregam e comprometem a confiabilidade da rede de distribuição de energia.
Fonte: Midiamax