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Fazendeiros marcam leilão para o dia 7 de dezembro
quarta-feira, 13 Novembro, 2013 - 07:45
Fazendeiros marcaram para o dia 7 de dezembro o primeiro leilão, denominado como “Leilão da Resistência”, que servirá para angariar recursos para a criação de milícias com finalidade de combater as invasões indígenas. Já são mais de 70 propriedades invadidas em Mato Grosso do Sul.
A definição foi tomada em reunião realizada ontem, no auditório da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), e teve ainda participação de representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), diretores da Associação Comercial de Campo Grande, da Assomasul (Associação de Municípios de MS), a ONG Recovê, o MNP (Movimento Nacional de Produtores), Movimento Confisco Não, além de produtores rurais afetadas ou não pelas invasões.
Para o presidente da Acrissul Francisco Maia é preciso atrair para a causa a opinião pública, através de campanhas de marketing visando esclarecer a população que o problema da insegurança jurídica no campo acaba afetando as cidades e a economia como um todo. O "Leilão da Resistência" é um leilão de doações. O movimento aceita gado, grãos, implementos e máquinas agrícolas, pequenos animais e tudo o que pode contribuir de alguma forma para arrecadar fundos para o movimento.
O leilão acontece às 14h do dia 7 de dezembro, uma semana depois do prazo final dado aos envolvidos no conflito para que uma solução definitiva seja dada. Até agora nenhum prazo acertado de comum acordo entre lideranças políticas, Poder Público, indígenas e ruralistas foi cumprido, sendo que desde maio quando iniciaram-se as negociações as invasões só vem aumentando, mesmo diante do argumento das lideranças indígenas de que as aldeias não querem terra.
Foi acatada durante o encontro que uma comissão de produtores rurais deverá sentar com o governador André Puccinelli para cobrar uma posição quanto ao cumprimento do acordo de cooperação técnica que previa ações de segurança pública dentro das aldeias pelos órgãos do Estado. O que nunca foi cumprido.
De agora em diante as entidades começam as campanhas de arrecadação de doações para o leilão, que conta com a participação de todas as principais leiloeiras do Estado. "Será um mega-evento", adianta o presidente da Acrissul, Francisco Maia.
Correio do Estado