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Choque entra em presídio após preso ser decapitado em rebelião

on sex, 05/08/2016 - 07:58
sexta-feira, 5 Agosto, 2016 - 07:45

A rebelião de presos da Penitenciária de Segurança Máxima de Naviraí, distante 359 quilômetros de Campo Grande, foi contida há pouco por militares do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChoque) com apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Quando entraram no presídio, os militares encontraram o terceiro preso morto, ele foi decapitado por outros detentos.

A confusão começou na tarde de ontem e conforme as forças policiais houve briga entre as facções PCC e Comando Vermelho. Vários detentos se rebelaram, colocaram fogo no presídio e destruíram praticamente todas as celas.

Até a tarde de ontem, dois presos tinham sido mortos e pelo menos oito estavam feridos. Encapuzados e com armas artesanais, os detentos se recusaram a negociar com equipes da Polícia Militar da cidade.

Reforço foi chamado e o Choque e o Bope de Campo Grande chegaram em Naviraí no início da madrugada. Eles entraram no presídio assim que o dia clareou, por volta das 6 horas e no primeiro momento houve resistência dos presos.

Os detentos jogaram muitas pedras em direção dos policiais, que se protegeram com escudos. Depois disso, a situação foi controlada e agora todas as celas são esvaziadas e os detentos colocados no pátio da penitenciária. Cães da Polícia Militar também atuam na ação.

De acordo com policiais do Choque, todos o material artesanal usados pelos detentos serão recolhidos por agentes penitenciários e a expectativa é que muitos detentos sejam transferidos tendo em vista a situação precária do presídio.

Além do motim no presídio, três ônibus da prefeitura de Naviraí foram queimados. Os veículos estavam estacionados no pátio da garagem municipal. Equipes do Corpo de Bombeiros conseguiram apagar o incêndio, mais dois ônibus foram totalmente destruídos. 

Ontem à noite detentos gravaram vídeo em que um preso aparece informando a todos os detentos que todos irão morrer e que todas as “comarcas irão quebrar”, fazendo relação com possíveis rebeliões em outros presídios do país.


Correio do Estado