Parte dos recursos dos programas sociais está indo parar nas casas de apostas. Segundo nota técnica elaborada pelo Banco Central (BC), os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets (empresas de apostas eletrônicas) via Pix em agosto.
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O levantamento foi feito a pedido do senador Omar Aziz (PSD-AM), que pretende pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) que entre com ações judiciais para retirar do ar as páginas das casas de apostas na internet até que elas sejam regulamentadas pelo governo federal.
Frases como “Faz um bet aê” e “deu green” se tornaram parte do dialeto popular brasileiro. As expressões refletem o crescimento explosivo das apostas esportivas no país.
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Conhecidas por seus contratos milionários com clubes de futebol, as empresas de apostas ainda estão em ascensão. Afinal, a regulamentação do setor de jogos e apostas on-line é recente, de dezembro de 2023.
Mas as bets têm uma estimativa de receita anual entre R$ 8 bilhões e R$ 20 bilhões, conforme relatório do Itaú BBA.
Em busca de visibilidade entre os brasileiros, essas empresas direcionam, em média, R$
As apostas se popularizaram significativamente no Brasil nos últimos anos. Cada vez mais pessoas estão se interessando pelos jogos, que virou entretenimento para gente de todas as classes sociais, até mesmo aqueles que não possuem um emprego formal e recebem benefícios do governo.
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Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, 14, sobre as chamadas "bets” mostra que 17% dos beneficiários do Bolsa Família disseram apostar ou já terem feito apostas esportivas online. Desse percentual, quase um terço (30%) relata gastar ou ter gasto mais de R$ 100 por mês.