A construção da Ponte da Bioceânica, que ligará Porto Murtinho, no Brasill, a Carmelo Peralta, no Paraguai, está com 43,6% das obras concluídas. O balanço foi divulgado nesta semana pelo Ministério de Obras Públicas e Comunicações do Paraguai (MOPC).
Obras da Ponte da Bioceânica entre Carmelo Peralta (Paraguai) e Porto Murtinho (Brasil) — Foto: Toninho Ruiz/Arquivo Pessoal
A estrutura é fundamental para viabilizar a Rota Bioceânica rodoviária, a megaestrada que possibilitará ligar o oceano Atlântico ao Pacífico, no Chile, tendo Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, como ponto de saída do
Carga de carne congelada inaugura as exportações pela Rota Bioceânica. O envio ocorreu na quarta-feira (22). Com destino aos portos do Chile, oficialmente, esse é o primeiro transporte do que é produzido no Estado a utilizar o novo corredor rodoviário.
Funcionário da JBS carregando carga de carne congelada (Foto: Divulgação)
Conforme divulgado, a carreta fará a travessia de balsa pelo Rio Paraguai, posteriormente passará por várias cidades da Argentina até chegar ao seu destino, a cidade de Iquique, no Chile.
A ponte internacional sobre o Rio Paraguai, entre Porto Murtinho e a cidade paraguaia de Carmelo Peralta, está em construção dentro do cronograma de conclusão, prevista para dezembro de 2024.
Em janeiro começa a obra do lado brasileiro, em trecho do Pantanal (Foto: divulgação / portal Governo do Estado)
Em janeiro começa a obra do lado brasileiro, em trecho do Pantanal. A área está sendo preparada e o consórcio binacional de construtores aguarda licença da Receita Federal para movimentação de equipamentos.
A gigantesca obra financiada pelo Paraguai, com recursos (R$ 575,5 milhões) da Itaipu
O município de Porto Murtinho entra de vez na rota logística, justificando investimentos para a Rota Bioceânica.
Isso porque já foi desembarcado o primeiro carregamento de fertilizante agrícola importado via Terminal Portuário, que é operado pelo Grupo FV Cereais.
Terminal Porto Murtinho - Foto: Assessoria/Governo do Estado
De acordo informações da Secretaria e Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), as barcaças carregadas com os fertilizantes agrícolas chegaram na última quinta-feira, dia 29, oriundas do Uruguai.
Com a possibilidade futura de escoar produtos tanto por ferrovias, como por rodovias e até pela hidrovia do Rio Paraguai-Paraná, a implantação do Corredor Bioceânico, conferiria intermodalidade de escoamento e colocaria Mato Grosso do Sul como uma região estratégica na política de exportação com o sudeste asiático.
De acordo com o professor Francisco Bayardo, pesquisador do projeto de pesquisa e extensão da UFMS sobre o Corredor, possibilitará a redução de até 8 mil km de distância no trajeto das exportações de produtos sul-mato-grossenses para o mercado asiático, e também de importações.
A rota bioceânica vai integrar quatro países: Brasil, Paraguai, Argentina e Chile com o objetivo de encurtar o caminho percorrido rumo ao mercado asiático. A via é um sonho antigo e deve entrar em operação em 2024.
O projeto tem atraído cada vez mais interesse internacional. O governador Reinaldo Azambuja recebeu embaixadores membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) na primeira quinzena de fevereiro. Os países do sudeste da Ásia têm condição de ampliar as relações comerciais do Estado, na avaliação do governador Reinaldo Azambuja(PSDB).
De Campo Grande para os resto da América do Sul. Vem aí uma nova maneira de explorar as belezas naturais e a história dos países sul-americanos. É o turismo rodoviário pela Rota Bioceânica, um sonho antigo que está próximo de se tornar realidade com Mato Grosso do Sul como centro do continente e ponto de partida dos viajantes.
A Ruta 40 é a rodovia mais famosa da Argentina e da América Latina com 5.200 km, atração a ser explorada pelos viajantes rodoviários (Foto: Reprodução)
A rota rodoviária ligando o Brasil aos portos marítimos do norte do Chile, ao longo de décadas teve apenas a