De março a agosto de 2020, período pandêmico para Mato Grosso do Sul, a participação nas exportações de produtos agropecuários aumentou 17,8% se comparado ao mesmo intervalo do ano passado. Conforme levantamento do departamento técnico do Sistema Famasul, os Estados Unidos e a China ampliaram o potencial de compra de itens do agro sul-mato-grossense em 38% e 35%, respectivamente. Este é o tema da editoria #MercadoAgropecuário.
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A explicação está no direcionamento de aquisições dos compradores internacionais para o Brasil.
As exportações de soja de Mato Grosso do Sul para a China aumentaram 20% neste ano diante do mesmo período do ano passado. O país, principal economia do mundo e onde se originou a Covid-19, é o destino de 79% da soja produzida e exportada por Mato Grosso do Sul. Apenas no primeiro quadrimestre de 2020 foram enviadas 1,212 milhão de toneladas ao país asiático.
Soja respondeu por 79% das exportações da China neste ano (Arquivo)
Os números foram divulgados pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) com base nos dados do IBGE (Instituto
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira, disse há pouco que a agropecuária será o único setor que sairá da crise do coronavírus com mais oportunidade do que entrou na pandemia.
“O mundo vai continuar demandando alimentos”, disse, acrescentando que o mundo está preocupado com a segurança alimentar e que o agro será imprescindível nesta política neste processo.
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O deputado também falou aos produtores de álcool sobre a importância do combustível para a movimentação da economia depois de passada a pandemia do coronavírus.
A safra de soja 2019/2020 deve bater todos os recordes de produção em Mato Grosso do Sul, segundo estimativas divulgadas pela Aprosoja/MS e Sistema Famasul. Na projeção são 9,9 milhões de toneladas do grão, 12,5% maior que na temporada anterior. As estatísticas são do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), com dados compilados pela Aprosoja/MS, Sistema Famasul e Governo de Mato Grosso do Sul.
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Segundo o boletim agrícola, em comparação à safra anterior (2018/2019), estima-se aumento de área plantada em 6,18% - de 2,9 milhões para 3,1 milhões de hectares.
No meio de uma crise diplomática com os Estados Unidos, o Irã foi um dos principais compradores de carne e grãos de Mato Grosso do Sul em 2019. Segundo dados do Ministério da Economia, compilados pela Federação de Agricultura e Pecuária do estado (Famasul) no boletim Casa Rural, o país do Oriente Médio importou US$ 140 milhões em carne e grãos do Estado.
País importou mais de US$ 80 milhões em milho ao longo de 2019 - Foto: Álvaro Rezende/Arquivo/Correio do Estado
De janeiro a novembro do ano passado, os iranianos compraram US$ 45,9 milhões de carne bovina in natura, o que representa 12,9
Desde 2006 a soja sempre terminou o primeiro semestre do ano como principal produto exportado por Mato Grosso do Sul. Em 2019, após 13 anos de hegemonia da oleaginosa, o cenário mudou. No acumulado de janeiro a junho deste ano, a celulose é o principal item da pauta de vendas internacionais do estado, segundo dados do Ministério da Economia tabulados pelo G1.
Celulose se consolida como principal produto exportado pelo estado no primeiro semestre de 2019; MS é o maior exportador brasileiro de celulose de fibra curta — Foto: Anderson Viegas/G1 MS
Luiz Bernart ao centro, ao lado dos filhos Luciano e Fernando, juntamente com representantes da DAF de Campo Grande, Thiago e Julio Cesar - Foto: Luciano Bernart
Empresa de caminhões DAF, que esteve presente na Expocam 2019, realizou entrega de caminhão a um produtor de Camapuã neste mês de junho.
No último dia 20 de junho, a DAF esteve em Camapuã para realizar a entrega de um veículo novinho ao produtor Sr. Luiz Bernart Neto, da Fazenda Saturno.
Carreta carregada de soja sendo rebocada por trator na MS-338 a 15km de Camapuã - Foto: WhatsApp/InfocoMS
Produtores que utilizam a MS-338, que liga Camapuã a Ribas do Rio Pardo, estão sofrendo para escoar sua produção, principalmente o soja, pois a colheita na região se concentra nos meses de março e abril.
Devido as chuvas, as estradas não suportam o grande trânsito de carretas transportando a produção de diversas fazendas da região que ficam num trecho entre 10 e 40km de Camapuã, onde se concentram os pontos mais críticos.
Os produtores reclamam da falta de manutenção por parte do governo
Com a recente queda do dólar, que chegou a R$ 4,19 em setembro e atualmente está cotado a R$ 3,71, as negociações de vendas antecipadas da soja sul-mato-grossense perderam força. Segundo a analista-chefe de grãos da Rural Business, Tânia Tozzi, muitos produtores adiantaram as transações, pois previram as quedas da moeda norte-americana. “Já existe um grande volume de produção travado [vendido antecipadamente], o produtor aproveitou quando o câmbio estava alto.