A área de cultivo de soja em Mato Grosso do Sul aumentou 100% no período de 10 anos. Dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga-MS) apontam que, na safra 2013/2014, foram 2,1 milhões de hectares dedicados ao cultivo da oleaginosa. A estimativa para o ciclo 2023/2024 sugere 4,2 milhões de hectares.
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No mesmo período, a produção mais que dobrou: há 10 anos, o volume de soja colhida foi de 6 milhões de toneladas. Já a projeção para o ciclo que tem início a partir deste mês é de 13,8 milhões de toneladas – alta de 130%.
A pecuária brasileira é a maior do mundo, um título que foi conquistado com o maior rebanho comercial do planeta, somando mais de 220 milhões de cabeças de gado espalhadas em diversas propriedades rurais e tipos de sistemas de criação, mas todas pautadas pela sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
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Mas, além desse título, o país é também o maior exportador de carne bovina do mundo.
Resultado de estudo divulgado no final da manhã desta quinta-feira, 6, pelo Departamento Técnico do Sistema Famasul, mostra a importância do cultivo da soja para o sistema agroindustrial, comércio exterior e para o desenvolvimento socioeconômico de Mato Grosso do Sul.
O estudo revelou que os municípios que mais produzem soja são exatamente aqueles que tem maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). Nesta safra 2022-23, a produção total do grão resultou em 15 milhões de toneladas.
Agricultor observa colheitadeira sobre campos de soja em propriedade rural de MS.
Durante a etapa individual do Circuito Aprosoja/MS em Dourados (MS), cidade a cerca de 230 km de Campo Grande, o titular da Deleagro (Delegacia Especializada de Combate a Crimes Rurais e Abigeato), Mateus Zampieri Nogueira, apresentou os crimes mais comuns nas áreas rurais de Mato Grosso do Sul. Apesar da queda no volume neste ano, abigeato e furto de GPS agrícola seguem entre as ocorrências mais frequentes. O evento aconteceu durante a Expoagro, nesta quinta-feira (18).
Exemplo de GPS agrícola que vem sendo visado por quadrilhas em MS. (Foto: Arquivo/Mais Soja)
Levantamento do Valor Bruto da Produção (VBP) de Mato Grosso do Sul, publicado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária nesta semana, prevê que Mato Grosso do Sul alcance recorde de produção em 2023.
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Conforme a projeção, a soma de todas as vendas dos produtos agrícolas realizadas no Estado em 2023 deve atingir R$ 55,78 bilhões, um aumento de 13,49% em comparação ao apurado no ano passado.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, com esse aumento, Mato Grosso do Sul terá o 7º maior VBP do País,
Mato Grosso do Sul consolidou a troca do binômio “boi-soja” pela “celulose-soja”. O atual retrato ganha força principalmente na região leste, onde o eucalipto marca a rota de Campo Grande a Três Lagoas. Por ali, predominava o boi, facilmente avistado durante qualquer viagem pela BR-262, num cenário de cerrado e cupinzeiros. O gado, aliás, vem em retração. Há 20 anos, Mato Grosso do Sul tinha o maior rebanho do Brasil, agora, fica com o quinto lugar no ranking nacional.
Minério, pecuária, soja, eucalipto: a produção em Mato Grosso do Sul. (Arte: Campo Grande News)
Mato Grosso do Sul é o estado do Brasil que tem a maior área de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), com mais de 3 milhões de hectares com sistemas integrados entre as atividades do sistema produtivo. Os dados são da Rede ILPF e mostram que na região Centro-Oeste, Goiás e o Distrito Federal têm 1.434.780 hectares de sistemas integrados e o Mato Grosso, 2.281.554. Juntos, ultrapassam apenas um pouco o total de todo Mato Grosso do Sul.
Foto: Emiliano Santos
Atualmente, toda área brasileira de sistemas integrados representa uma área total estimada em 17,43 milhões de hectares.
O uso de drones para acompanhar a engorda de bovinos de corte pode gerar uma economia de mais de 30% no confinamento. Assista ao vídeo abaixo e saiba como é feito isso.
Quem falou sobre o uso do equipamento foi o médico veterinário Pedro Fonseca, líder do time de soluções digitais para ruminantes da multinacional Cargill.
“A tecnologia agora pode trazer números exatos para o pecuarista tomar uma decisão mais acertada”, diz Fonseca.
O drone, porém, é simplesmente um instrumento para fazer as imagens.
A Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) é mais uma entidade ligada ao setor produtivo a repudiar publicamente a onda de invasões de terra que afeta, desde o último sábado (18), Mato Grosso do Sul, o Paraná e, principalmente, o estado de São Paulo. Em nota, a entidade cobra ação por parte das autoridades.
Foto: FNL/Instagram/reprodução
“[A] Abag repudia todo e qualquer ato de invasão a propriedades, públicas ou privadas, destinadas à produção agroindustrial e clama para que o atual governo intervenha junto às lideranças dos movimentos insurgentes no sentido de apaziguar a vida no campo,
Como nas safras anteriores, o mês de janeiro vem apresentando rápido aumento nos relatos de ferrugem-asiática nas regiões produtoras de soja. Segundo levantamento do Consórcio Antiferrugem, na safra 2022/23, há 129 relatos da doença e a ferrugem está presente em nove estados brasileiros, sendo 79% das ocorrências em lavouras comerciais na fase de enchimento de grãos. Em Mato Grosso do Sul, que registrou o primeiro foco no final de novembro de 2022, já soma 24 ocorrências, só ficando atrás do Paraná, que tem 53.
Segundo monitoramento da Embrapa-Soja, na mesma época na safra passada, eram 59