As chuvas intensas deste fim de semana em Mato Grosso do Sul trouxeram um pouco de alívio no combate às queimadas no Pantanal de Corumbá e Ladário, a 417 quilômetros de distância de Campo Grande. Com mais de 45 dias em combate, militares das Forças Armadas, Corpo de Bombeiros e brigadistas do Prevfogo/Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) puderam “descansar”.
Foto: Prevfogo/Ibama
Segundo o analista ambiental do Ibama, Alexandre Pereira, as tempestades auxiliaram na extinção de várias frentes de fogo, principalmente na região das terras indígenas
Monitoramento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) aponta para 1.322 focos de incêndios florestais no Pantanal na parcial de julho, número recorde para o mês desde o início da série histórica, em 1998. A operação conjunta de combate ao fogo na região de Corumbá prevê o acionamento do Hércules C-130 da FAB (Força Aérea Brasileira) neste domingo (26). A aeronave é capaz de despejar sobre as chamas até 12 mil litros de água por lançamento.
Brigadistas do Prevfogo atuam contra incêndios na região pantaneira (Foto: Divulgação/Ibama-MS)
Policiais Militares Ambientais de Batayporã realizavam fiscalização no perímetro urbano de Nova Andradina, quando flagraram ontem (13) um homem incendiando a vegetação, na tentativa de limpar terreno de sua propriedade, causando transtornos aos vizinhos.
Foto: divulgação / PMA
A PMA chegou, no momento em que o infrator provocava o incêndio na vegetação e resíduos na área do terreno e na calçada, o que gerou muita fumaça, que dispersa no ar, prejudicava toda a vizinhança, que reclamava do problema e aplaudiu o trabalho dos policiais.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que o número de incêndios no Pantanal de 1.º de janeiro a 11 de setembro deste ano cresceu 334% em relação ao mesmo período de 2018 - de 1.039 para 4.515. Os focos fizeram os dois Estados que abrigam o bioma, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, decretarem emergência.
Foto: Sandra Santos/Embrapa Pantanal
Considerando o aumento porcentual de queimadas, a alta observada no Pantanal é maior do que a da Amazônia. Em agosto, o número de focos na Amazônia foi 196% maior do que no ano passado.
A Polícia Militar Ambiental autuou 17 pessoas jurídicas e físicas neste ano, totalizando R$ 1,8 milhão em multas em mais de 1,5 mil hectares de 11 municípios de Mato Grosso do Sul.
Área em reserva de Aral Moreira ficou com o cenário de destruição (Foto: PMA/Divulgação)
De áreas queimadas, 1.085 hectares ocorreram em canaviais, 290 em pastagem, 63 em área de vegetação protegida por preservação permanente e 60 em vegetação nativa comum. Do valor total, R$ 953 mil foram aplicados em 840 casos registrados em Batayporã.
A PMA reforça que entre 1º de julho e 30 de setembro os órgãos ambientais não
As estatísticas de focos de incêndio mostram que a segunda-feira, dia 9, foi fogo em Mato Grosso do Sul. A data registrou o recorde de queimadas num único dia. De acordo com o coordenador do PrevFogo, Márcio Ferreira Yule, foram 397 focos no Estado ontem, sendo a maioria em Corumbá: 144 queimadas.
Imagem feita pelo grupo do Prevfogo, em Corumbá. (Foto: Divulgação)
A maior parte dos incêndios se explica pela ação humana, apesar da proibição de queimada controlada em meses críticos no Pantanal, o fogo é lançado e rapidamente se espalha.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse nesta sexta-feira (23) que as queimadas ocorrem durante todo o ano no Brasil e destacou que não se pode dizer que o agronegócio brasileiro é o “grande destruidor” do Amazonas em razão dos incêndios que ocorrem neste momento na região.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
“As queimadas no Brasil, elas todo ano acontecem. Tem duas coisas diferentes: uma coisa é queimada, outra coisa é incêndio. Tem que se fazer uma diferença entre esses dois acontecimentos. Estamos vivendo uma seca grande.
A falta de chuva, a temperaturas na casa dos 30ºC e a baixa umidade relativa do ar, aliada a falta de conscientização de parte da população, tem contribuído para o aumento dos focos de queimadas urbanas em Camapuã, que pioram a qualidade do ar.
A redação do InfocoMS, vem recebendo diversas ligações de moradores de todas as partes da cidade, informando que seus vizinhos estão botando fogo em lixos próximos as suas residências, especialmente nos finais de tarde, onde a fumaça não se dissipa como ocorre durante o dia, ela paira sobre o solo e invade as residências, dificultando a