À procura de água, bois têm morrido atolados em uma fazenda no Pantanal da Nhecolândia. "Não secava há 50 anos", lamentou o filho do fazendeiro, o administrador rural Paulenir Barros, de 54 anos, que descreveu a situação como "atípica e preocupante" pela falta da chuva.
Fazendeiro retirando gado atolado na região do Pantanal. (Foto: Direto das Ruas)
Paulenir conta que os bebedouros para os animais são feitos pelos próprios fazendeiros. A área tem grande criação de gado. "Nós mesmos fazemos os bebedouros, uns tanques, para o gado e também animais silvestres", explica.
Maior planície de inundação contínua do mundo, o Pantanal enfrenta um dos períodos climáticos mais críticos dos últimos 50 anos, com seca rigorosa associada à propagação recorde de fogo, que, estima-se, consumiu até agora 810 mil hectares de vegetação nativa somente no município de Corumbá, onde se concentra a maior porção do bioma.
Sem previsão de chuvas até setembro e com a ocorrência de 11.025 focos de calor de janeiro a julho (dos quais 79,7% em Corumbá), a região foi declarada em situação de emergência ambiental e rural pelo governo do Estado.